sábado, 8 de dezembro de 2012


“Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável”
II Coríntios 9:15


  Numa altura em que o mundo se centra no Natal, certamente é uma boa ocasião para sermos agradecidos. Porquê? Porque celebramos o dom, a dádiva de Deus à Humanidade. Natal pode ser resumido numa só palavra: Emanuel, cujo significado é Deus connosco. Deus encarnou.

Natal, "nascimento".  Poderemos nós celebrar o Natal sem meditar no seu real significado? Sabemos que o Senhor Jesus Cristo não nasceu a 25 de Dezembro. Também não temos qualquer proibição, nem mandamento bíblico sobre celebrar o nascimento de Cristo, nem qualquer exemplo de alguma igreja do Novo Testamento a celebrar o Seu nascimento. Mas, de facto, Jesus Cristo nasceu há cerca de 2000 anos em Belém, cumprindo as profecias e as promessas das Escrituras. Como cristãos, é nosso dever e privilégio testemunharmos, agora ou em qualquer outra altura do ano, do verdadeiro significado da encarnação de Deus Filho,  Jesus Cristo, através da eterna, imutável e verdadeira Palavra de Deus.


         A celebração do nascimento, da vinda do Filho de Deus ao mundo há mais de 2.000 anos tem sido tristemente transformada num truque para o crescimento do comércio, na festa da família e obscurecida pelo Pai Natal com o seu trenó cheio de prendas a entrar pela chaminé. As atenções mundanas centram-se nisto e é isto que é passado às gerações mais novas. Assim, infelizmente:
         - O maravilhoso objectivo do Natal é ignorado;
         - As implicações eternas do nascimento de Jesus são desconhecidas;
         - O profundíssimo mistério da encarnação divina não é compreendido.

           É nosso dever discernirmos a verdadeira natureza do Natal, conhecermos o Dom de Deus, Jesus Cristo, e sermos-Lhe gratos.

I. O Tempo de Deus Gál.4:4-5
Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher…

…vindo a plenitude dos tempos… - Deus tem o Seu tempo, o Seu relógio. A vinda de Cristo, prometida havia séculos, esperada pelo povo de Deus, não foi acidental, mas, sim, por determinação divina. O Messias manifestou-Se, encarnou, no momento exacto estabelecido pelo Pai (ver o v.2b).

O sentido destas palavras é “o momento exacto”. Quando chegou o momento exacto, Deus trouxe a Luz a um mundo em trevas espirituais, Deus inaugurou a dispensação da Sua graça.
Estas palavras chamam a atenção para a importância deste acontecimento.

…Deus enviou o seu Filho… - Esta expressão tem grande lição. Apresenta-nos a divindade e a pré-existência de Cristo nos lugares celestiais. Vê-se que a Sua missão não era terrena. O Filho eterno recebeu uma missão, aceitou-a e encarnou. Deus enviou o seu Filho.

…nascido de mulher… - Depois de se declarar a sua divindade (Cristo é o Filho Unigénito de Deus), temos uma declaração da autêntica humanidade de Jesus. Esta foi a forma escolhida por Deus para Se revelar ao mundo. O Filho encarnou, nasceu de uma mulher. O Criador a nascer por meio da criatura. Fala-nos da Sua humildade e humilhação.

O Filho assumiu a forma humana. João 1:14 esclarece: E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós… Paulo quer falar-nos do profundo mistério da encarnação divina. O Filho de Deus nasceu de uma mulher. Deus entrou no mundo, triunfante, em carne e osso.

Qual o propósito da encarnação? Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adopção de filhos (v.5).
Para remir... O Pai enviou o Filho numa missão importantíssima, universalmente aplicável a todos os homens e a toda a criação. Cristo nasceu para morrer numa cruz para pagar a culpa do pecador condenado.
- ...a fim de recebermos a adopção de filhos. Crisro nasceu para podermos ser filhos adoptivos de Deus.

Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele (Jo 3:17).

II. Gratos pelo Dom Inefável de Deus II Coríntios 9:15
 Na questão de dar, ninguém se equipara a Deus nem ao que Ele fez. O Seu dom maior é impossível de ser descrito por palavras ou pela mente humana.
Um dos pecados mais comuns da nossa era é a ingratidão. E a ingratidão está bem patente no Natal na forma em que é celebrado pelo mundo.

Em Romanos 1:21, Paulo diz que o mundo volta as costas a Deus ignorando o Seu propósito na Encarnação: Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram e o seu coração insensato se obscureceu.

Natal é tempo de adoração, de louvor e, sobretudo, da mais profunda gratidão a Deus. O mundo não o faz, mas os crentes têm o dever de o fazer.

Paulo começa por dizer aqui o quê? Graças a Deus… Obrigado, porquê?

…pelo seu dom inefável.

Temos que, primeiramente, expressar gratidão pela dádiva do Senhor Jesus Cristo: Porque Deus amou o mundo, de tal maneira, que deu o seu Filho Unigénito… (João 3:16). Temos que agradecer o Seu grande amor para connosco.

Cristo é o dom de Deus. É por causa deste dom que temos todos os demais. É em Cristo que temos a vida e toda a bênção.

Deus permitiu que o Seu Filho Se humilhasse e fosse humilhado, que Se esvaziasse de Deus e Se assumisse como servo sofredor carregando na cruz o pecado de todo o mundo para nos poder resgatar. É por isso que Paulo usa aqui uma palavra única e exclusiva em todo o N.T.: inefável. É um dom inefável.

O dom de Cristo é indescritível, indizível, inexprimível, inexplicável. O facto de Deus ter vindo até ao homem foi a atitude mais incompreensível, mais indescritível que já ocorreu. Deus encarnou, fez-se homem, mas continuou Deus. A profundidade desta verdade é tremenda! Através de Cristo, Deus dá-nos perdão dos pecados, reconciliação.

Paulo diz que é um dom, é a graça de Deus. Deve ser acolhido com fé e gratidão: aquele que nem mesmo a seu próprio Filho, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também, com ele, todas as coisas? (Rom.8:32). Poderia existir algum dom melhor do que este?

Quando o Salvador das nossas almas encarnou, houve alguns que reconheceram aquele bebé como o Messias, o Redentor há muito prometido, assim como hoje há pessoas que compreendem o significado sobrenatural do Natal.

Natal só se compreende quando Jesus recebe um lugar prioritário nas nossas vidas: Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus (João 1:12). Para estes, o Natal é uma celebração duradoura de gratidão, enquanto para o mundo, a alegria de uma festa que dura apenas 24 horas.

No Natal, Deus deu o que tinha de melhor: Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai da luzes… (Tg.1:17).

Natal:
1. NÃO é A festa para alguém que entra por uma chaminé numa festa de 24 horas;
2. É o Dom de Deus, Jesus Cristo, que bate e quer entrar pela porta do nosso coração: Eis que estou à porta, e bato, se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei e ele comigo (Ap.3:20).
3. Natal é Deus que encarnou em Cristo no “Seu momento exacto”, na plenitude dos tempos, nascido de mulher, que veio trazer a salvação a todo o que n’Ele crê: para remir…a fim de recebermos a adopção de filhos.
4. Natal é celebração, adoração e expressão da mais profunda gratidão dos filhos de Deus ao Deus-homem: Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável.

Rui Simão
pastor

domingo, 4 de novembro de 2012


A Bondade de Deus
 A terra está cheia da bondade do SenhorSalmo 33:5
                                                                                                                                  
            Um dia, um jovem, rico, correu para Jesus e chamou a Jesus de Bom Mestre. Jesus perguntou-lhe: Por que me chamas bom? Ninguém há bom senão um, que é Deus. (Mc.10-17-18). Esta grande declaração ensina-nos que somente Deus é essencialmente bom e perfeito, de uma forma infinita, ilimitada e eterna.
             
I. O que é a Bondade de Deus?
Pensemos profundamente na bondade de Deus. A Bondade de Deus alcança todos os Seus atributos e faz com que Ele seja amado e desejado por nós. Deus é bom e deleita-se em mostrar a Sua Bondade: O Senhor é bom para todos… (Sl.145:9). Provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia. (Salmo 34: 8).
           
Deus sempre foi, é e será BOM, nunca mudará a Sua bondade. Que grande conforto!
            Ele é a fonte de tudo o que é bom. A noção de Bondade é inseparável de Deus. Ele não poderia ser Deus, se não fosse BOM: Verdadeiramente bom é Deus para com Israel… (Sl.73:1).

II. A Manifestação da Bondade de Deus – Onde a vemos?
            Um exemplo: Olhe para este lugar, o Acampamento Monte das Oliveiras? Porque é que ele existe? Pela bondade dos corações de quem o planeou e quis que existisse um lugar como este para todos dele desfrutarem. Não é para lucro financeiro, mas sim amor e lucro espiritual no serviço a Cristo.

 Então, primeiro, vemos a bondade de Deus manifestada na criação. Pense no Universo inteiro, na terra com uma imensidão de criaturas, milhares de espécies nos oceanos e rios, sobre a terra, a voar nos céus, na variedade de sons, cores, fragrâncias, e gostos, que Deus, na Sua bondade, criou para que o homem desfrutasse.  
           
De acordo com o primeiro capítulo de Gênesis, a bondade de Deus era uma característica proeminente na criação. No final de cada dia criativo, o Deus bondoso olhava: E viu Deus que era bom. Quando acabou de criar, no 6º dia, lemos: E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom (Gn.1:31). Se Deus não fosse bom, a criação também não o poderia ser.

A bondade é a Sua marca registrada sobre todas as coisas. Ele não tinha necessidade de criar absolutamente nada, mas criou tudo, e criou o homem à sua imagem e semelhança. Que Deus bondoso!

III. Para que serve a Bondade de Deus? – Romanos 2:4-5
Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento? Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus;

            Quem não gostaria de conhecer e de desfrutar da presença deste Deus bondoso? Quem não gostaria de beneficiar de uma eternidade com todas as coisas boas que Ele tem?
            Mas não o podemos com tanta facilidade. Porquê? Por causa da Pessoa que Ele é, da Sua natureza divina revelada nas Escrituras.
           
            Neste texto de Romanos, Paulo é claro a explicar que a bondade de Deus te leva ao arrependimento. O que significa isto? Vou explicar!

            Eis uma coisa boa! Seria terrível pensar que este Universo foi criado por um Deus mau. Um Deus Omnipotente que fosse mau, seria completamente terrível. Uma das verdades mais assustadoras das Escrituras é que Deus é bom. Então, qual é o problema? Qual é o problema com um Deus perfeitamente bom? Porque é que isto parece ser uma má notícia, em Deus ser bom? É assustador, porque nós não somos bons.
           
            Pensemos na natureza de Deus. Além de completamente BOM, Deus também é Justo e Santo. E Ele não pode violar os Seus atributos

            Então, o que é que um Deus perfeitamente BOM faz com pessoas más, pecadoras? Pecamos contra Deus, transgredimos aos Seus mandamentos, pecamos uns contra os outros, pecamos contra a natureza, pecamos contra tudo. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Rom.3:23); Qual o resultado do pecado? Deus diz: Porque o salário do pecado é a morte. (Rom.6:23)
             Se Deus é verdadeira e totalmente Santo, Justo e BOM, o que fará de nós, pecadores? Ele diz que ao culpado não tem por inocente (êx.34:7). Se um Deus justo, simplesmente perdoa o ímpio, Ele não é mais justo.

            Então, a grande questão das Escrituras é esta: como é que um Deus justo e bom perdoa o ímpio descrente e continua a ser justo? E a resposta encontra-se na cruz de Cristo. Na cruz vemos a tremenda revelação da justiça e da bondade de Deus. A Cruz de Cristo é a prova suprema da bondade de Deus.

Deus é amor, bondade e justo, por isso tem que condenar o pecador. Então, Deus faz-se homem na Pessoa do Filho Unigénito, Jesus Cristo, vive uma vida perfeita e vai à cruz. E, naquela cruz, os pecados do pecador são lançados sobre Jesus e toda a ira de Deus que nós merecemos é atirada na pessoa de Jesus. E isto para satisfazer a justiça de Deus.
No final do Seu sofrimento, Jesus disse: Está consumado (Jo.19:30). Quer dizer que Ele cumpriu as exigências de Deus. Jesus pagou o preço, pagou a nossa culpa por completo.

É muito importante que se compreenda isto. Os nossos pecados não foram expiados simplesmente porque os romanos bateram e pregaram Jesus na cruz. Os nossos pecados foram expiados porque naquela cruz Jesus carregou os nossos pecados: mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. (Is.53:6). Isaías 53:10 diz: Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo…
Sabem o que é moer? É esmagar, oprimir o cereal de trigo até se tornar em farinha. A ira de Deus que deveria cair sobre ti e mim, caiu sobre o Seu único e amado Filho. Jesus foi esmagado debaixo do peso da ira de Deus.

 E Ele morreu porque o salário do pecado é a morte (Rom.6:23). Foi sepultado e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos. E em nenhum outro há salvação. E não há nenhum nome, nenhum nome, dado entre os homens, pelo qual possamos ser salvos, a não ser pelo nome de Jesus Cristo (Actos 4:12). Só Ele, Jesus, é o Caminho, e a Verdade e a Vida, e ninguém vai ao Pai senão por Ele. Há apenas um Mediador entre Deus e os homens, Jesus.

            E a fim de que sejam salvos, Deus chama os homens ao arrependimento dos seus pecados e a crerem no Evangelho, em Jesus Cristo.

É para este objectivo que temos a bondade de Deus.

            A bondade de Deus não é apenas para ser vista, conhecida e contemplada. Ela tem um propósito bem definido, único e grandioso: a bondade de Deus te leva ao arrependimento – Rom.2:4. E isto é tão importante que Jesus disse: Se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis.
             É para isto que existe a bondade de Deus, para salvar o homem pecador da condenação do inferno.
             Reparem nas palavras fortes que Paulo usa: Ou desprezas tu as riquezas da sua bondade, e paciência e longanimidade, ignorando…
             Desprezas – “Não fazer caso, rejeitar, dar ao desprezo”.
As riquezas da sua bondade – A bondade de Deus é tão abundante, tão grande, tão valiosa.
A bondade de Deus vê-se na Sua paciência e longanimidade. Por ser BOM, Deus é paciente em irar-Se, não castiga logo o pecador. Na Sua bondade, Ele poupa as pessoas, dia após dia, ano após ano; desde a meninice, até à adolescência; da juventude até serem adultos, de adultos até serem idosos.
Ignorando – “Não considerando”.
Te leva ao arrependimentoA Bondade de Deus tem este desígnio de encorajar, apelar, levar, guiar as pessoas, não ao pecado, mas ao arrependimento. Te leva é o presente contínuo: “Está a levar-te sempre, enquanto tu estás desprezando”.

Cada pessoa está debaixo da obrigação de deixar os seus pecados e voltar-se para o Deus Santo e Bom. É uma profunda depravação resistir à grandiosa Bondade de Deus, mas milhões fazem-no.
Não podemos desprezar, ignorar, não fazer caso da bondade de Deus. Ela é uma riqueza que Deus tem para levar, para conduzir um pecador ao arrependimento para a salvação. Toda esta maravilhosa, valiosa, e linda bondade de Deus serve este objectivo: salvar uma alma pecadora.

            E o que é arrependimento? O que significa arrepender-se?
            A palavra significa “mudar de mente”. Mas quer dizer muito mais. Precisamos de saber o que é a mente de uma pessoa? Na Bíblia, é o coração, o centro do controlo do ser humano, das suas decisões e vontade, das emoções, do intelectuo, é onde tomamos as nossas decisões. Então, Deus diz que se a mente for mudada, tudo o mais mudará na pessoa. Arrependimento é esta mudança de mente que leva a uma vida inteiramente nova. É nascer de novo.

            Eis um bom exemplo de arrependimento, de mudança de mente, o apóstolo Paulo. Quando ele foi para a estrada de Damasco, foi com ordens para capturar cristãos. Porquê? Porque era nisso que ele acreditava. Paulo pensava que Jesus era o maior blasfemo e mentiroso que tinha existido. Ele também pensava que os cristãos eram uma seita blasfema que tinha que ser destruída.
             Então, naquela estrada, ele teve um encontro com o Cristo ressurrecto. E o que aconteceu? A sua mente mudou. Tudo o que ele pensava sobre Deus estava errado. Ele reconheceu que estava errado e arrependeu-se dos seus pecados. Ele agora acreditava que Jesus Cristo era o Filho de Deus, o Messias há muito esperado e prometido nas Escrituras. Ele agora acreditava que os cristãos eram povo de Deus. Tudo mudou na sua vida. Arrependido, transformado, foi baptizado nas águas e começou logo a pregar o Evangelho. Começou a pregar Jesus, Aquele que ele algumas horas antes perseguia até à morte.
           
             Veja que arrependimento é esta mudança total de mente que leva a mudança de vida. É mudar de opinião sobre quem Deus é, sobre quem Jesus é e o que Ele fez na cruz, sobre quem eu verdadeiramente sou e o que faço aos olhos de Deus.

            Arrependimento do pecado leva a deixar o pecado e a viver vida santificada em obediência aos mandamentos de Deus. O pecado não nos agrada mais, apesar de continuarmos a ser pecadores. Rom.6:1-2 diz: Permaneceremos no pecado?...De modo nenhum. Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? O cristão verdadeiro não pode viver num estado contínuo de carnalidade.
           
            E a partir desse dia, a nossa vida vai transformar-se e ser cada vez mais parecida com Cristo. Hebreus 12:6 diz que o nosso Pai do céu cuidará de nós como a um filho. Ele até nos disciplinará e punirá quando sairmos do caminho. E isto porque Ele é bom, ama-nos e deseja a nossa santidade.

            Não apenas temos que nos arrepender, como também crer em Jesus Cristo. Foi Jesus que disse: Arrependei-vos e crede no Evangelho… Se vos não arrependerdes, todos de igual modo perecereis.

            Crer em Jesus, na Sua Pessoa e obra, de que em mais ninguém há esperança de salvação. Acreditar ao ponto de que se alguém lhe dissesse que podia entrar no céu por alguma boa obra, você negaria e gritaria: “Não, não, não! Eu sou salvo apenas porque há dois mil anos atrás o Filho de Deus sofreu no Calvário e morreu por mim”.
           
            A salvação vem até nós através do arrependimento e da fé em Jesus Cristo. E se alguém já se arrependeu e creu em Jesus Cristo, tem a vida eterna.

            Bom, a questão é esta: Você já se arrependeu, já mudou de mente? Essa mudança levou a uma transformação de vida? Os pecados que você antes amava, agora, despreza-os? A santidade que antes ignorava, agora anseia por ela? Ama o Cristo de quem antes vivia separado? Considera que o reino de Deus é algo real e de grande valor?

            Feliz é a pessoa que não ignorou, nem desprezou a bondade de Deus e se arrependeu dos seus pecados e crê em Jesus Cristo.
            Se alguém não o fez, Deus avisa em Romanos 2:5 que segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti, a ira de Deus que te condenará no dia do juízo de Deus.
            Se alguém ainda não o fez, hoje é uma boa oportunidade para o fazer, permitindo que a bondade de Deus de leve ao arrependimento. Considera a bondade de Deus e o Seu amor revelado em Jesus Cristo.

  
Castelo Branco, Acampamento Monte das Oliveiras
Retiro Nacional das Igrejas Baptistas Independentes, 09-06-2012
Rui Simão, pastor




terça-feira, 9 de outubro de 2012

O Evangelho da Salvação



Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê…. Porque nele se descobre a justiça de Deus, de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.” (Romanos 1:16-17)
  
I. Introdução
Quantos evangelhos temos na Bíblia? Há apenas um, há apenas um único verdadeiro evangelho, o Evangelho da salvação, designado e expresso nas páginas da Bíblia como o Evangelho de Jesus Cristo, o evangelho do reino de Deus (Lc.8:1), evangelho da graça de Deus (At.20:24); o evangelho da paz (Ef.6:15); o evangelho eterno (Ap.14:6).

O evangelho não começou na era do N.T., pois é eterno porque é imutável, único, a sua substância foi determinada por Deus desde a eternidade, Estava escondido em Deus, mas foi revelado desde o princípio, imediatamente após Adão e Eva terem caído em pecado e arrastado a humanidade para a condenação (Gn.3:15).

Foi pregado antigamente a Abraão (Gl.3:8-2.000 anos a.C), revelado por Deus através dos Seus profetas ao longo dos séculos, até ao último deles, João Baptista, preparando as pessoas para a chegada do Salvador do mundo, Jesus Cristo, porque Jesus Cristo é o centro da mensagem do Evangelho

Há quatro registos no NT, Mateus, Marcos, Lucas e João, mas de um único evangelho. Portanto, o Evangelho é só um.

II. O que é o Evangelho? – Romanos 1:1-3, 16-17
A palavra grega “euangelion” significa “evangelho”, “boas novas, boas notícias”. Antigamente, também designava a recompensa dada pela entrega de boas notícias.

O verbo “euangelizomai” significa “proclamar, pregar, trazer, ou anunciar boas novas”. Vemos isto em Lc. 2:10 - εαγγελίζομαι – quando o anjo anuncia aos pastores que Jesus tinha nascido: …eis aqui vos trago novas de grande alegria

 Isto é o evangelho: novas de grande alegria.

A palavra “euangelos” significa “mensageiro”, é aquele que traz uma mensagem de vitória ou qualquer outra notícia que causa alegria, uma notícia boa e nova, que não se conhecia ainda. Portanto, Evangelho é sempre BOAS NOVAS, BOAS NOTÍCIAS, não más notícias.

E que notícias boas, que notícias alegres, são estas? Ou seja, qual é a boa mensagem que o evangelho traz?

É a boa notícia centrada na Pessoa e na obra de Jesus Cristo, de que Deus cumpriu as Suas promessas e em Jesus Cristo o caminho da salvação foi aberto para todos:

Vejamos Romanos 1:1-3:
 …o evangelho de Deus, o qual antes havia prometido pelos seus profetas, nas santas escrituras, acerca de seu Filho… (Rom.1:1-3). O Evangelho é de Deus, não do homem, e acerca do Filho de Deus antes prometido, Jesus Cristo.

O que é o Evangelho?
       Porque nele se descobre a justiça de Deus – Rom.1:17
       O Evangelho revela a justiça de Deus. O que significa isto?
       Esta expressão justiça de Deus é fulcral. Agora temos que pensar na Pessoa de Deus. Quem é Ele? Apenas quando conhecemos a Pessoa e o carácter de Deus poderemos entender a Sua Boa Notícia, o evangelho.

       No Seu carácter e na sua Pessoa, Deus é Santo e exige santidade e pureza de vida e de coração. Ele tem as Suas leis. As leis e mandamentos de Deus são como Ele é, santos e puros. Um bom exemplo são os 10 Mandamentos de Êxodo 20.
        Ali, Deus começa por dizer que só Ele é o Deus vivo e verdadeiro, que não há outro Deus, que não permite imagens nem idolatria, que o Seu nome não pode ser usado em vão, que o homem deve respeitar o Dia do Senhor, Domingo, para o adorar e cultuar, deve honrar os pais, não matar, não adulterar, não furtar, não dar falso testemunho, não cobiçar.

      Mas, o Filho de Deus, Jesus Cristo, no Seu Sermão do Monte (Mt.5:21), vai mais fundo e diz: Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás? Eu, porém vos digo… que, ofender e não amar a um irmão, encolerizar-se contra um irmão, sem motivo, é o mesmo que matá-lo.

      Diz mais, que muito mais que praticar o acto sexual de adultério, o simples olhar e cobiçar a mulher do próximo já é adultério aos olhos de Deus: Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério? Eu, porém, vos digo…
      Jesus conclui, em Mt.5:48: Sede vós, pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.

      A Abraão, Deus diz em Gén.17:1: Anda na minha presença e sê perfeito.
                       
      Portanto, este é o caracter de Deus, Santo, perfeito e que exige o mesmo do homem. Quem quebra estes mandamentos está a pecar contra Deus e contra as Suas leis. É esta revelação da Lei de Deus que nos mostra claramente que não a cumprimos e a impossibilidade de a cumprirmos.

      A isto chama-se pecado.

               Pecado é falhar o alvo definido por Deus, é transgredir às leis do Deus Santo. E esta desobediência e transgressão têm consequências: Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou e por ele me matou (Rom.7:11).
                       
         Somos pecadores!

         E Deus acrescenta mais ao dizer que ao culpado não tem por inocente (Nm.14:18), ou seja, castigará sem dúvida o pecador. E aos olhos d’Ele …todos estão debaixo do pecado…não há um justo, sem um sequer… todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só…Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus… Porque o salário do pecado é a morte… (Rom.3:9-12,23; 6:23).

         Deus é absolutamente justo e diz que pune o pecado e o pecador com a morte eterna no inferno: E aquele que não foi achado escrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo (Ap.20:15).

         Irmãos e amigos, a realidade destas verdades assombram-nos e fazem-nos temer e tremer. Destrói qualquer senso de justiça própria. Cumprindo-se esta justiça divina, não temos hipótese de estar em pé perante este Deus Santo e Justo: Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo (Heb.10:31)
                       
         Estas são as más notícias para toda a humanidade que tem que tratar com o Criador, o Juiz de toda a terra, o Deus Santo e Justo.

         Mas, eis que há esperança. A esta humanidade caída, pecadora, transgressora, alienada, declarada culpada e condenada, Deus amou-a, de tal maneira, que traz boas notícias, ou seja, o Evangelho. Deus revela, descobre a Sua justiça no evangelho.

         O que é a justiça de Deus e como se aplica?

         justiça de Deus é a maneira, é o plano de Deus para justificar o pecador. É o Seu esquema de declarar alguém justo mesmo perante a Sua Lei; em como Deus declara não culpada uma pessoa culpada e ser-lhe favorável. Por isso, é o oposto do plano do homem, que acha que tem hipóteses perante Deus apresentando-lhe boas obras. O plano de Deus é pela fé. E a maneira como isto foi feito é revelado no Evangelho, as boas notícias

              Vamos ver como Deus o fez: 

              Deus manda o Seu Filho Jesus Cristo pagar a culpa do pecado crucificando-O numa cruz, Deus é justo e castiga o pecado do homem, mas na Pessoa de Cristo, lança sobre Ele o pecado de toda a humanidade. Cristo é o substituto do pecador.

              Deus, mediante a Sua graça, Seu amor e misericórdia, declara o pecador, não condenado, não culpado, mas justo e justificado do seu pecado pela sua fé em Cristo. É a justiça de Deus.

              O Evangelho é esta grande e maravilhosa BOA NOTÍCIA.
              Por isso, Rom.1:16 enfatiza: Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

III. Quais são os elementos essenciais da mensagem do Evangelho? I Co.15:1-4
              É a mensagem de perdão do pecado através da obra expiatória de Jesus Cristo. É essencialmente o plano de resgate de Deus para o homem perdido reconciliando-o com Ele. 

              Nesta passagem, vemos três factos reais e essenciais da mensagem do evangelho.

              1.º - Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras
  Nossos pecados - É muito importante. A realidade do pecado precisa ser reconhecida por todos os que se aproximam de Deus para a salvação. Um pecador deve reconhecer o desespero de sua culpa perante Deus para que o perdão possa ocorrer.

              2.º - Cristo morreu…
              A pessoa e obra de Cristo são componentes indispensáveis do evangelho. Jesus é tanto Deus (Colossenses 2:9) quanto homem (João 1:14). Jesus viveu a vida sem pecado que nunca poderíamos viver (1 Pedro 2:22) e é o único que podia morrer uma morte substitutiva pelo pecador: …pelos nossos pecados.

              O pecado contra um Deus Santo requer um sacrifício infinito. Jesus foi à cruz para pagar, de uma só vez, a dívida que devemos a Deus pelo nosso pecado. Quem morreu foi Cristo e foi pelos nossos pecados.

       Mas,
a)    A menos que Jesus tenha morrido como nosso Substituto na cruz, a fim de dar a satisfação divina pela justiça divina por nossos pecados, nada seria.
            b)    A menos que a Sua morte cancele a nossa dívida e culpa perante a Lei de Deus, não nos salva.

c)     Se Cristo tivesse morrido como um mártir, ou por uma boa causa, e não fosse para nos substituir e sofrer a nossa culpa, de modo nenhum remiria os pecadores da maldição da Lei de Deus.
            É a justiça divina que exige uma morte sacrificial. Por isso, a Escritura afirma: …Cristo morreu pelos nossos pecados.

            O que Cristo fez, ao morrer e ressuscitar, tem poder para cancelar a dívida do pecado. O Evangelho foi outorgado por Deus, não é um recurso humano. Deus colocou sobre Cristo a nossa iniquidade. Não somos salvos porque os homens mataram Jesus: isto seria assassinato. Somos salvos porque “Ele foi aflito, ferido de Deus e oprimido”. Isaías 53:4-6.  

            Aquilo que o mundo, as pessoas, acham vergonhoso e tolo é exactamente o que Deus usa para salvar os pecadores:
Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus… Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos. Mas para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus, e sabedoria de Deus. (I Cor.1:18,23-24)

            Espantoso? Extraordinário? Maravilhoso? Com certeza! É o Evangelho!

            Mas devemos lembrar que o pecado é terrível em sua natureza e efeitos e, nada, a não ser uma solução extraordinária, o sacrifício do próprio Deus na Pessoa do filho, poderia remediá-lo. É o Evangelho!
           
         3.º - Foi sepultado e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras
                 A ressurreição de Jesus é essencial ao evangelho da salvação. É a prova do poder e de que Deus aceitou o Seu sacrifício para a redenção da humanidade.

          Por isso, lemos na Bíblia:     E em nenhum outro há salvação, porque, também, debaixo do céu, nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devemos ser salvos. (Actos 4:12)

IV. O que tenho que fazer em relação às boas novas, ao Evangelho?
                         Crer e arrepender do pecado.
                       
        Quero salientar estas palavras de Jesus: Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. (Mateus 7:13-14)

           Há uma porta estreita. Há um único caminho e é apertado para qualquer pessoa nesta terra ser salvo. Eu sou o caminho e a verdade e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim. (João 14:6). Tem que ser pelo caminho de Deus.
           
1.      Crer em Jesus Cristo
Como lemos em Rom. 1:16-17, a salvação é para todo aquele que crê… o justo viverá da fé.
            Para poder beneficiar da justiça de Deus e da salvação, a pessoa precisa de crer, ter fé em Jesus Cristo, confiar na obra de Jesus Cristo. A salvação é única e exclusivamente pela fé, não por obras nossas.

      2.Arrependimento
        Jesus Cristo começou o Seu ministério revelando o Evangelho e proclamando o que cada pessoa tem que fazer para poder ser justificado do seu pecado por Deus. Vemos isto em Marcos 1:

        …veio Jesus para a Galileia pregando o Evangelho do reino de Deus e dizendo: o tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no Evangelho (1:14-15)
        …se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. (Luc.13:5)

             O que é arrependimento? Ora, a palavra grega usado no N.T. é “metanoeo” e significa“pensar de maneira diferente, mudar de mente. Portanto, arrependimento bíblico é uma mudança de mente que conduz e resulta numa mudança de vida, o novo nascimento.
                       
        O Evangelho, as boas notícias de Deus, exigem que cada pessoa, individualmente, creia em Jesus Cristo e se arrependa do seu pecado tomando consciência que ofendeu gravemente o Santo Deus. A justiça de Deus exige arrependimento e dá o perdão total.

              Mas não só Jesus clama por arrependimento.

1.       Pedro sempre exigiu arrependimento dos judeus.
At 2:38E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.”
At 3:19Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor.”

2.     Paulo sempre exigiu arrependimento dos gentios.
At 17:30Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;”
At 26:20Antes anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judéia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento.”

3.     A Grande Comissão de Cristo exige arrependimento.
Luc 24:46-47   “E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, E em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.  

4.     Prov 28:13 O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Provérbios 28:13)”

V. O que o Evangelho faz? – Salva-nos!
Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo. Pelo qual, também, temos entrada, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus (Rom.5:1-2).

1. Temos paz com Deus…temos entradaestamos firmes…temos esperança.  
            2. Esperança. O Evangelho é a grande esperança que Deus nos deu. Esperança já hoje, neste mundo complicado, conturbado, perigoso. Esperança para o dia-a-dia. Esperança para as famílias. Esperança nas adversidades. E, por fim, esperança da glória de Deus.

      Que maravilhosas são as Boas Novas, o Evangelho.

3. O crente torna-se um filho de Deus pela sua fé em Jesus.
4. Temos a certeza de salvação. Jesus confirma-o: Todo o que vem a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora. 

        Dou graças a Deus pelo Seu Evangelho. E a minha atitude só pode ser: Não me envergonho do evangelho de Cristo.  

            Antes de terminar, quero deixar:  

VI. Um sério aviso sobre o Evangelho – Gálatas 1:6-11
        Há outro evangelho além deste? Não, evangelho só há este, o de Jesus Cristo. Mas, circula por aí aquilo que, há 2000 anos, Paulo advertiu aos gálatas: outro evangelho. Acrescentou que é anátema, ou seja, “maldito”, porque ofende gravemente o Senhor Deus.

        É falso, não é baseado na justiça de Deus, oferece salvação pelas obras e ideias humanas, em vez de ser pela obra de Cristo na cruz, não é pela graça de Deus, não é pela fé.

            Este “evangelho”, falso, encontramo-lo na igreja católica romana que falsamente coloca Maria como co-redentora; encontramo-lo nas seitas – T.J.; Mórmons, que ignoram a Pessoa de Cristo e centram-se nos escritos dos seus fundadores humanos; nas igrejas evangélicas que apresentam um evangelho barato, superficial, de espectáculo para atrair multidões e oferecer saúde, sucesso, prosperidade em troca de dinheiro.

            Falta-lhe pregar o caracter de Deus, a Lei de Deus, a cruz, o sangue de Cristo, o pecado e suas consequências, o Inferno, a exigência de fé em Cristo e do arrependimento, a santidade de vida. Não o faz e as pessoas são enganadas.

            I Cor. 15:1-2 é muito claro:
TAMBÉM vos notifico, irmãos, o evangelho que já vos tenho anunciado; o qual também recebestes, e no qual também permaneceis. Pelo qual também sois salvos se o retiverdes tal como vo-lo tenho anunciado; se não é que crestes em vão.

Porque, não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê.

Pregado na Conferência “Fundamentos da Fé 2012” - Igreja Baptista Esperança Viva
Setembro de 2012
Rui Simão
pastor