O Poder
da Oração
…pedi e recebereis, para que o vosso gozo de cumpra.
(João 16:23-24 e Mateus 6:9-13)
Pode ouvir pelos links abaixo e ler
(74) A Pessoa da Oração - O Poder da Oração - João 16:23-24 - YouTube
(74) A Provisão da Oração - O Poder da Oração - João 16:23-24 - YouTube
(74) O Perdão da Oração - O Poder da Oração - João 16:23-24 - YouTube
(74) A Proteção da Oração - O Poder da Oração - João 16:23-24 - YouTube
(74) Conclusão - A Poder da Oração - João 16:23-24 - YouTube
Evang. de João - A Vida, Luz, Glória, Graça, Caminho, Verdade de Deus Revelada em Jesus
O Discurso no “Grande Cenáculo Mobilado”
O Poder da Oração 1
Introdução – Prosseguimos o estudo cap. a cap., verso
a verso deste evangelho o qual nos apresenta Jesus como Aquele que veio revelar
a Vida, a Luz, a Graça e a Verdade de Deus.
Recordemos que eles estão reunidos no
grande cenáculo mobilado, na última refeição pascal e Jesus está a despedir-Se
deles e lançando os fundamentos da Sua igreja, caps. 14 a 17. Chegados ao fim
do cap. 16, Jesus volta a falar na oração.
Naquela noite,
o Senhor falou várias vezes na Oração: 14:13-14; 15:7; 16:23-24.
Sabemos por
todos os evangelhos que o Senhor Jesus foi um homem de oração. Ora, se
pensarmos que se o próprio Filho de Deus precisou de orar muito enquanto esteve
aqui na terra, então há algo de poderoso na oração, a oração é necessária e nós
devemos orar mais.
I.- Devemos levar a Oração a sério – Sabem porquê? Porque nós
estamos numa guerra.
E aquele contra quem estamos em guerra quer matar-nos. Muitos
acharão que é um exagero. Será mesmo? Vejam o que o diabo pediu a Deus para fazer
com Job. O que acham? Recordem o que Jesus disse em João 10:10: O ladrão
não vem senão a matar, roubar e a destruir… Este ladrão é
o diabo e ele quer matar-nos, roubar-nos e destruir-nos a nós e a nossas
famílias. Vejam o que a Bíblia diz em Efésios 6:12:
Porque não temos que lutar contra
a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades,
contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da
maldade, nos lugares celestiais. Todos estamos nesta
guerra contra estas forças demoníacas espirituais.
De tal forma que, qual é a solução que Deus nos dá? Está no v.13: Portanto, tomai toda a armadura
de Deus… e no v.18: Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito… Aí está, a Oração é indispensável na nossa
vida cristã, há um propósito nela e ela é poderosa. Gostaria
que meditássemos em dois dos Atributos da Pessoa de Deus que nos mostram o
motivo por que devemos orar. Eis o primeiro:
II.- A Soberania de Deus – O que significa?
Pensando apenas na palavra “soberania” significa “poder supremo,
total”. Portanto, Deus tem poder supremo. Ele é o Supremo Governador do
Universo. Deus está no comando com autoridade suprema. Deus é
soberano. Tudo o que existe está debaixo do Seu domínio e poder, desde um pássaro
que cai (Mt.10:29,30) até ao estabelecimento e queda dos reis e chefes das
nações (Rm.13:1-7; Dn.2:20-22). Ninguém Lhe pode impor coisa alguma. Exemplos
Bem sei que tudo podes, e nenhum dos
teus propósitos pode ser frustrado” (Jb.42:2).
Lembrai-vos
das coisas passadas desde a antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro, eu
sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio
o fim desde o princípio e desde a antiguidade as coisas que ainda não sucederam.
O meu conselho será firme e farei toda a minha vontade” (Isaías 46:9,10).
E se o meu povo, que se chama
pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se
converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os
seus pecados, e sararei a sua terra. Agora estarão abertos os meus olhos e atentos
os meus ouvidos à oração deste lugar. (II Cr.7:14-15)
Então, uma das razões para orarmos é a Soberania de
Deus, pois estamos a orar Àquele que está no comando, que tem o poder supremo para
fazer todas as coisas.
III.- A Imutabilidade de Deus – Atributo divino que significa que Deus não pode mudar.
Mal.3:6
diz: Porque eu, o SENHOR, não mudo. No NT temos Tiago 1:17:
Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto,
descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. Oramos a um Deus imutável. Podemos confiar
n’Ele.
No
entanto, precisamos de saber mais sobre este Atributo divino. A Imutabilidade
de Deus quer dizer que Deus nunca muda o quê? Não muda o Seu carácter. Mas não
quer dizer que Deus não muda o seu pensamento ou uma decisão que tomou. Estão a
ver a diferença?
Temos
imensos exemplos nas Escrituras desta verdade. Vamos ver Êxodo 32:7-10.
Moisés
estava na montanha a receber os 10 Mandamentos e Deus diz-lhe para descer
depressa porque o povo se tinha corrompido com idolatria. Fizeram um bezerro de
ouro e diziam que esse bezerro é que os tinha tirado do Egipto. E Deus diz a
Moisés que os vai destruir a todos e começar um novo povo a partir de Moisés.
Todos
nós pensamos que porque Deus o disse irá acontecer. Mas eis o que acontece.
Moisés ora, intercede e pede que Deus não os destrua, mas que lhes dê outra
oportunidade.
Vejam
o que vai acontecer no v.14: Então o Senhor arrependeu-se do mal que
dissera que havia de fazer ao seu povo. Precisamos de entender o significado
de “arrependimento”. Não é arrepender-se de pecado. Mas, sim, mudar de
pensamento.
A
palavra grega do NT é “metanoeo”. Deus não peca e não precisa de Se
arrepender de pecado. Aqui, Deus mudou o Seu pensamento, alterou a decisão que
tinha tomado.
Então,
vejamos, perante o pecado do povo, Deus disse que os iria destruir a todos, Moisés
ora e Deus arrepende-Se. Deus muda a Sua mente porque um crente ora.
Vejamos
que Deus é imutável, pronuncia uma condenação, mas perante uma oração de um crente,
Deus muda o Seu pensamento, muda a Sua decisão.
Outro
grande exemplo é o de Jonas. Deus manda este profeta ir pregar e avisar a
grande cidade de Nínive de que, por causa do seu pecado, Deus os iria destruir.
Eis o que Deus disse: Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive e prega
contra ela a pregação que ei te disse… Ainda quarenta dias e Nínive será
subvertida (Jn.3:2,4). Deus é claro: “quarenta dias e Nínive será
destruída”. Sabem o que aconteceu?
Não foi destruída. Porquê?
As
pessoas creram em Deus, converteram-se do seu mau caminho, arrependeram-se.
Vejam Jn.3:5-9. E o que o v.10 diz: E Deus viu as obras deles, como se converteram do seu
mau caminho; e Deus se arrependeu do mal que tinha anunciado lhes faria, e
não o fez.
Uma
vez mais, Deus arrependeu-se, mudou a Sua decisão, o que tinha
dito que faria.
No
cap.4:1-2 temos a reação do profeta Jonas que não gostou do que Deus fez. Vejam
o que ele diz de Deus: MAS isso desagradou
extremamente a Jonas, e ele ficou irado. E orou ao Senhor, e disse: Ah! Senhor!
Não foi esta minha palavra, estando ainda na minha terra? Por
isso é que me preveni, fugindo para Társis, pois sabia que és Deus
compassivo e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e que te
arrependes do mal.
Aprendemos
aqui como e quem Deus é. Ele é Imutável, ou seja, não muda o Seu carácter. Ele
é, na verdade, um Deus gracioso: compassivo, misericordioso, grande em
benignidade e que se arrepende do mal que diz o que fará se as pessoas
se arrependerem ou se um crente orar. No v.11 Deus diz de Si mesmo: E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive, em que
estão mais de cento e vinte mil pessoas…
Quando
pensamos na Imutabilidade de Deus isto é um motivo para orarmos, e não ao
contrário. Deus não pode mudar o Seu carácter, mas pode mudar o Seu pensamento
e até as suas decisões perante as reações das pessoas. Ele é bondoso, é gracioso,
é compassivo e quer exercer a Sua bondade e misericórdia em nós.
Deus
só procura alguém que concorde com Ele e ore, que interceda. Vejam Ez.22:30-32:
E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o
muro, e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não
a destruísse; porém a ninguém achei. Por isso eu derramei sobre eles a minha
indignação; com o fogo do meu furor os consumi.
Eis
uma história verdadeira que ouvi. Uma esposa cristã foi casada com um marido descrente
por quem orou 42 anos ao Senhor pela sua salvação. Um dia, nas suas viagens de
trabalho, ele morreu num acidente de carro. Um mês depois, ela recebeu um
telefonema. A pessoa que lhe ligou perguntou pelo seu marido. Ela disse que ele
tinha morrido havia um mês num acidente de carro em tal lugar. O homem perguntou
se tinha sido no dia tal. Ela respondeu que sim. Então, o homem disse que, sem
saber porquê, foi impulsionado para ir para aquela estrada naquele dia, estacionar
o seu carro e pedir boleia. O marido daquela crente foi quem parou, compartilhou
o evangelho com ele, ele arrependeu-se, creu e aceitou Cristo como Salvador. “Minha
senhora, tenho boas notícias para si. O seu marido aceitou Jesus antes de
morrer naquele acidente e está salvo na eternidade com o Senhor”.
Conclusão – Deus
é Soberano e pode fazer todas as coisas. Deus é Imutável no Seu carácter e pode
mudar o Seu pensamento se orarmos, se nos arrependermos. Estas verdades da Pessoa
de Deus devem levar-nos a confiar e a orar. Há grande poder na oração. Estamos
em guerra espiritual contra autoridades e poderes espirituais demoníacos.
Porque
é que nós não oramos mais, uma vez que a oração muda as coisas? A quem é que
aquela esposa orou e suplicou por 42 anos? Oramos ao Soberano e Supremo Governador
do Universo que é um Deus misericordioso e bondoso.
Moreira, 17 de Fevereiro de 2022 (RO)
Rui Simão,
pastor
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Evang. de João - A Vida, Luz, Glória,
Graça, Caminho, Verdade de Deus Revelada em Jesus
O Discurso no “Grande Cenáculo Mobilado” – O Poder
da Oração 2
A Pessoa da Oração
…pedi e recebereis, para que o vosso gozo de cumpra.
(João 16:23-24);
Mateus 6:9
Introdução – Prosseguimos o estudo cap. a cap., verso
a verso deste evangelho o qual nos apresenta Jesus como Aquele que veio revelar
a Vida, a Luz, a Graça e a Verdade de Deus.
Recordemos que eles
estão reunidos no grande cenáculo mobilado, na última refeição pascal e Jesus está
a despedir-Se deles e lançando os fundamentos da Sua igreja, caps. 14 a 17. Naquela
noite, o Senhor falou várias vezes na Oração: 14:13-14; 15:7; 16:23-24 e cap.17.
Sabemos por todos os evangelhos que o Senhor Jesus foi um homem de
oração. Ora, se pensarmos que se o próprio Filho de Deus precisou de orar muito
enquanto esteve aqui na terra, então há algo de poderoso na oração, a oração é
necessária e nós devemos orar mais.
Quando
Jesus fala sobre a Oração repete que devemos PEDIR. Quando
Jesus os ensinou a orar, em Mat. 6, no v.8, diz que o vosso Pai sabe,
antes de vós lho pedirdes. Reparem que Jesus não lhes diz, “portanto,
não peçam muito”. Não, diz que mesmo sabendo o Pai o que iremos dizer,
devemos pedir. Reparem na repetição da palavra “PEDIR”, também Mt.7:7,11. Deus
quer que Lhe peçamos. Tiago 4:2 diz nada tendes, porque não pedis.
Se
olharmos bem para a oração modelo de Mat.6, que veremos melhor, ela inicia com
louvor: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome… Termina
com louvor: Porque teu é o reino, e o poder, e a glória. E no
meio da oração tem “pedir, pedir, pedir”.
I.- A Pessoa da Oração – Lucas 11:1-4;
Mateus 6:9-13
Além de nos mostrar o valor e o grande poder que há na
oração, o nosso Senhor também nos ensinou a orar e até deixou um modelo
de oração, um exemplo para seguirmos.
Temos isso em Lc.11:1-4 e
em Mt.6:9-13, ensinando os Seus discípulos.
E
se Jesus nos deixou um exemplo da oração eficaz, porque é que nós não o usamos?
Aqui, precisamos de ser
sábios e aprender que não é meramente para repetir estas palavras. Isso significava
que se dizia sempre a mesma coisa. Não! Jesus até diz antes, no v.7: E,
orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que pensam que, por muito
falarem, serão ouvidos. Por isso, Jesus ensinou-nos a forma de orar,
não para repetir. Repetir, não tem valor algum. Certo?
Muito importante é que em Lc.11, Jesus começa a dizer: Quando
orardes. Não lhes diz: “Se orardes”. Não é uma opção. A Oração é
obrigatória, é necessária na vida do crente.
Vejam que a oração começa dizendo a Pessoa a quem nos devemos
dirigir em oração: Pai nosso, que estás nos céus… Sendo nós
pessoas de oração, temos de compreender que estamos a falar com uma Pessoa,
Deus, e que é nosso Pai.
a) - Deus é nosso Pai – Esta é a primeira lição que Jesus nos dá. Deus é nosso Pai, a
Pessoa da Oração. Vejam, também, que, aqui, a oração é no plural: “nosso…dá-nos…
perdoa-nos… nós… nossos... nos conduzas… livra-nos…”. Oito plurais. Os
vs.7 e 8 reforçam isto.
Jesus
está a dizer que podemos ter um relacionamento pessoal com Deus que é o nosso
Pai. Fazemos parte de uma família, parte da família de Deus. Quando cremos em Jesus
como Salvador que morreu na cruz pelo nosso pecado, Deus faz-nos Seus filhos e
torna-nos parte da Sua família da qual Ele é Pai. E quando oramos, oramos em
família, não apenas por mim, mas como uma família. Força-nos a ver que somos
parte de uma família, a Igreja.
Por isso, dizemos Pai nosso. Há
muito valor e muito poder na oração coletiva.
Efésios 3:14-15 diz: Por causa
disto, me ponho de joelhos perante o Pai do nosso Senhor Jesus Cristo, do qual
toda a família nos céus e na terra toma o nome.
Somos uma família como igreja local, mas fazemos parte de toda a
família de verdadeiros crentes em Jesus de todo o mundo, o corpo de Cristo.
Por isso, compartilhamos motivos de
oração uns com os outros. As igrejas e os pastores pedem que outros irmãos e
outras igrejas orem por assuntos necessários. E quando estamos a orar, todos
nós, na verdade dizemos: Pai nosso… dá-nos, livra-nos, etc.
Vemos a necessidade, a importância e o
poder da oração coletiva nas palavras de Jesus em Mat.18:19: Também vos
digo que, se dois de vós concordarem na terra, acerca de qualquer coisa que
pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que estás nos céus. Não
estamos sós.
…que
estás nos céus… lembra-nos o Seu poder e Soberania. O nosso Pai celestial está
acima de tudo e de todos. Ele vê tudo, conhece tudo, sabe tudo e tudo pode, por
isso podemos confiar e descansar n’Ele. Não oramos a uma Pessoa que está na
terra. Não, Ele está nos céus.
…santificado
seja o teu nome. Por isso, Jesus prossegue e acentua esta separação de Deus deste
mundo ao dizer santificado seja o teu nome. O que significa?
“tratado como santo, separado como santo, como puro, especial”.
O nome de Deus é santo. Quer mostrar que Deus está separado, está além
deste mundo pecaminoso. Deus está separado de todo o mal. É usado em oposição
ao profano. Deus está separado de todo o mal.
Vejam Lev.22:32: E não profanareis o meu santo nome, para que eu seja santificado
no meio dos filhos de Israel. Eu sou o Senhor que vos santifico.
A Pessoa da Oração, o nosso Pai,
está separado de todo o mal e de toda a maldade. O nosso Pai celestial é Santo
e devemos honrá-Lo e temê-Lo.
Mas nem todos têm a Deus como
Pai. Jesus foi bem claro nisto.
b) – O diabo é um pai mau – Vamos ler bem João 8:38-44. É
surpreendente que as pessoas falam de Deus como seu Pai. Mas as pessoas que não
são salvas, que não creem em Jesus Cristo, que não estão redimidas pelo sangue
de Jesus na cruz, não têm a Deus como Pai, mas sim ao diabo. Isto é muito forte,
mas foi Jesus Quem o disse.
Já falámos aqui do diabo. Jesus diz aqui que o diabo é homicida
desde o princípio… e mentiroso. Jesus avisa que Satanás nos quer matar,
que ele anda bramando como um leão buscando a quem possa tragar. Não duvidemos disto.
Ele quer matar-nos, à nossa família, aos nossos empregos, à nossa
saúde, às nossas finanças, a nossa carreira, o nosso futuro. Que tipo de pai é Satanás?
É também pai, mas um pai muito mau. Ademais, ele é mentiroso e procurará
enfraquecer as nossas orações.
Olhem o que mais ele faz às pessoas de todo o mundo e que é motivo
das nossas orações: Para lhes abrires os olhos, e das
trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a
Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados... (At.26:18) SALVAÇÃO.
c) - Deus é o nosso Bom Pai – Vamos ler Tiago 1:13. Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus
não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
A
Pessoa da Oração, o nosso Deus é maravilhoso. Que Pai de confiança e único
nós temos: Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Ele
é Imutável no Seu carácter e Pessoa. A Pessoa da Oração é um Bom Pai que só
quer o bem.
Além disso, quando a tentação vem às nossas vidas instigando a
nossa carnalidade, o nosso Pai diz em I Cor.10:13: mas fiel é Deus, que
vos não deixará tentar acima do que podeis, antes, com a tentação, dará também
o escape, para que a possais suportar. Temos um bom Pai que cuida de
nós.
E se prosseguirmos para o v.17, vemos mais maravilhas do nosso Pai,
a Pessoa das nossas orações. Vejam: Toda a boa dádiva e todo o dom
perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem
sombra de variação. Em Deus não há absolutamente nenhum mal, nenhuma aproximação de
maldade. Ele é o nosso Pai das luzes, Pai glorioso, não de
trevas, não de mal.
A Palavra de Deus assegura que quando oramos ao nosso Pai, só
podemos receber o quê? Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito que vem do
alto, dos céus onde Ele habita. O Salmo 119:68 diz: Tu és bom e
abençoador…O nosso Pai é bom e faz o bem.
Bem no início do Seu ministério aqui na terra, Jesus ensinou-nos a
orar mostrando que a Pessoa certa e única da Oração é o nosso Pai que está nos
céus. E quase no fim, depois da Sua morte e ressurreição de entre os mortos, lá
no jardim, em João 20:17, Jesus aparece ressurrecto a Maria Madalena e diz-lhe:
Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai. Mas vai para
os meus irmãos, e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu
Deus e vosso Deus. O nosso Pai é o Pai de Jesus e também o nosso Pai.
Somos família.
Portanto, é importante e há poder na oração conjunta, como uma
família, ao Senhor que é o nosso Pai, que está nos céus. O modelo
de oração que Jesus nos ensinou.
Conclusão – Há
poder na oração. Quem é a Pessoa da oração certa? Jesus ensinou e não
devemos ignorar. Oramos todos Àquele que é o nosso Pai que está nos céus e
cujo nome é santificado. Ele é um Bom Pai, que não muda, em Quem
não há nenhum mal e todas as coisas boas, boas dádivas, todo o dom perfeito vêm
do nosso Pai. Oremos a Ele.
Moreira, 24 de Fevereiro de 2022 (RO)
Rui Simão,
pastor
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Evang. de João - A Vida, Luz, Glória,
Graça, Caminho, Verdade de Deus Revelada em Jesus
O Discurso no “Grande Cenáculo Mobilado” – O Poder
da Oração 3
A Petição da Oração
…pedi e recebereis, para que o vosso gozo de cumpra.
(João 16:23-24);
Mateus 6:9-10
Introdução – Prosseguimos o estudo cap. a cap., verso
a verso deste evangelho o qual nos apresenta Jesus como Aquele que veio revelar
a Vida, a Luz, a Graça e a Verdade de Deus.
Recordemos que Cristo e os apóstolos estão reunidos no
grande cenáculo mobilado, na última refeição pascal. Jesus está a despedir-Se e
a lançar os fundamentos da Sua igreja, caps. 14 a 17. Naquela noite, o Senhor
falou várias vezes na Oração: 14:13-14; 15:7; 16:23-24.
Sabemos por
todos os evangelhos que o Senhor Jesus foi um homem de oração. Ora, se
pensarmos que se o próprio Filho de Deus precisou de orar muito enquanto esteve
aqui na terra, então há algo de poderoso na oração, a oração é necessária e nós
devemos orar mais.
Estamos numa
pequena série de mensagens sobre a Oração. Título: O Poder da Oração.
O que é que
já vimos:
1.ª – O Poder da Oração
Vimos dois
grandes exemplos. 1.- O povo de Israel fez um bezerro de ouro e pecou
gravemente contra Deus. Deus disse a Moisés que os iria destruir a todos. Mas
Moisés orou e pela sua intercessão, Deus arrependeu-se do mal que
disse que faria. 2.- Por causa do pecado dos habitantes de Nínive, Deus
mandou lá o profeta Jonas avisar que em 40 dias seriam destruídos. Mas perante
a mensagem do profeta, todo o povo se arrependeu e Deus também se arrependeu do
mal que tinha dito que faria. Aprendemos que a oração e o nosso arrependimento
podem mudar as decisões de Deus.
2.ª- A Pessoa da Oração
Tomámos a
oração modelo que o Senhor Jesus nos ensinou em Mateus 6:9ss. E se Jesus nos deixou um
exemplo da oração eficaz, porque é que nós não o usamos? A Pessoa a quem são
dirigidas as nossas orações é o nosso Pai que está nos céus, cujo
nome é santo.
Hoje, vamos para a terceira mensagem.
I.- A Petição da Oração – Mateus 6:10
A oração modelo de Mat.6 inicia com
louvor: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome…. termina
com louvor: Porque teu é o reino, e o poder, e a glória. E tudo o
que está no meio é Petição, são pedidos. Mas vejam quais são as primeiras
petições: venha o teu reino, seja feita a tua vontade… Jesus está a
ensinar-nos que, acima de tudo, as nossas Petições devem ser reguladas, quer pelas
coisas que fazem parte do reino de Deus, quer por aquilo que é a vontade de
Deus. Eis o que aprendemos aqui:
1.- Ele que que peçamos
Temos
agora os primeiros pedidos. Na oração modelo que Jesus usou em resposta ao
pedido dos discípulos, “ensina-nos a orar”, Jesus preencheu-a na
maior parte com petições, pedidos. Isto quer dizer que não nos devemos sentir
egoístas ao pedimos, pois foi assim que o Senhor nos ensinou a orar.
Vejam que naquela
última noite Jesus falou várias vezes em oração. Vamos ler com atenção João
14:13-14; 15:7; 16:23-24. Agora vejam Mat.6:8, o que
Jesus diz mesmo antes de ensinar a orar: …vosso Pai sabe o que vos é
necessário, antes de vós lho pedirdes. Jesus não diz “o vosso Pai
sabe o que vos é necessário, portanto, não peçam.” Nós
precisamos de pedir.
Vejamos agora mais à frente em Mt.7:7-11.
Reparem na repetição de “pedir” e “vosso Pai”, a Pessoa da
Oração. Deus quer ouvir as nossas Petições, os pedidos, em oração.
Voltando à oração modelo, ela parece que
tem tudo a ver connosco: …nos dá…perdoa-nos; …e não nos;
… livra-nos…. Recordando o que Jesus diz em Jo.16:23-24: …
tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome… Até agora nada pedistes em meu
nome. Pedi e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra. “Peçam em
meu nome; peçam o que quiserem” Ficamos a ponderar como é que Jesus pode
dizer isto!
A resposta está aqui em Mateus 6:10, que
é como que o filtro para tudo o que pedimos ao nosso Pai celestial: Venha
o teu reino, seja feita a tua vontade…
Jesus está a ensinar-nos que as nossas
Petições devem ser reguladas, quer pelo reino de Deus, quer por aquilo que é a
vontade de Deus. Podemos e devemos pedir pela nossa família, pedir pelo nosso
emprego, pedir pela nossa saúde, pedir até por um carro que não ande sempre na
oficina consumindo o nosso dinheiro, podemos pedir por tudo o que acharmos que precisamos
e que Deus nos pode conceder e que nós, os nossos amigos e irmãos nos pedem
para pedir ao Pai, pedir o que o mundo precisa, como a paz. Mas sem esquecer
que o fiel da balança das nossas petições é o reino de Deus e a Sua vontade.
2.- Venha o teu reino… - O Reino de Deus – O que é?
É
o Seu domínio. É o domínio do Rei. Principado é o domínio de um príncipe numa
região. Reino é o domínio do Rei. Esse domínio total de Deus na terra terá
lugar a seguir a Segunda Vinda de Jesus, no Milénio, com o diabo amarrado e
Jesus a reinar sobre a terra inteira. Esse reino está acima de tudo o que possa
ser desejado. Por isso, ocupa um lugar primordial na oração de Jesus. Até lá
devemos orar para que venha o Seu reino, Seu domínio.
Quando Jesus começou a pregar, dizia: Arrependei-vos,
porque está próximo o reino dos céus. (Mt.4:17); O tempo está
cumprido e o reino de Deus está próximo (Mc.1:15). Já em Lc.17:21,
disse, …eis que o reino de Deus está entre vós. Porquê? Porque
estava ali o Rei Jesus. Mas precisamos de continuar a pedir nas nossas orações
para que o reino de Deus venha e que esse tipo de reino, esse domínio do Rei
oriente as nossas petições em oração.
3.- A Vontade de Deus é sempre o melhor: Seja feita a tua
vontade…
A
vontade de Deus é que as pessoas obedeçam às Suas leis. A palavra
vontade aqui é uma referência à lei de Deus. …assim na
terra como no céu. A vontade de Deus é perfeitamente obedecida no céu.
E nós, filhos de Deus, devemos desejar, devemos orar ardentemente para que a
vontade, as leis de Deus sejam também obedecidas aqui na terra.
Orar assim é essencial. Devemos procurar
sempre a vontade de Deus. Jesus disse que sempre fazia a vontade do Pai. O rei
David, apesar de erros que teve, em At.13:36 lemos sobre ele: Porque, na
verdade, tendo David, no seu tempo, servido, conforme a vontade de Deus…A
Bíblia manda-nos procurar e entender qual é a vontade de Deus para nós: Por
isso, não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor (Ef.5:17).
O Salmo 40:8 diz: Deleito-me em
fazer a tua vontade, ó Deus meu; a tua lei está dentro do meu coração.
Assim, o motivo dominante nas nossas
petições deve ser a vontade de Deus. Ouçam com atenção o que Jesus disse em
João 17:17: Se alguém quiser fazer a vontade dele… Ou seja, submeter a nossa vontade à vontade do
nosso Pai celestial. Um grande exemplo é o da oração de Jesus no Jardim antes
de ser preso, pois disse: Pai, se queres, passa de mim este cálice,
todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua (Lc.22:42). Jesus escolheu
sempre a vontade do Pai.
Deus criou-nos à Sua imagem e
semelhança, certo? Deus tem a Sua vontade e deu-nos também vontade própria. Nós
podemos escolher fazer a nossa vontade ou a de Deus.
Jesus ensinou-nos que nas nossas
orações devemos pedir de acordo com a Sua vontade. Pedimos para que a vontade
do Pai seja feita, não a nossa. Vejam I João 5:14-15: E esta é
a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua
vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que nos ouve em tudo o que pedimos,
sabemos que alcançamos as petições que lhe fizemos.
Já no AT, vejamos o Sal.20:1-2,4-5: O SENHOR te ouça no dia da angústia,
o nome do Deus de Jacó te proteja. Envie-te socorro desde o seu santuário, e te
sustenha desde Sião. Conceda-te conforme ao teu coração, e cumpra todo o teu
plano… cumpra o Senhor todas
as tuas petições. Sal.21:2,4: Cumpriste-lhe o desejo do seu
coração, e não negaste as súplicas dos seus lábios… vida te pediu e lha deste…
Conclusão – A Petição da Oração
Deus
quer que Lhe peçamos. Mas vejam Tiago 4:2-3: …nada tendes, porque não
pedir. Mas, depois: Pedis e não recebeis, porque pedis mal., para
o gastardes em vossos deleites.
Portanto,
quando olhamos para a oração que Jesus ensinou, ela começa e termina com Deus e
no meio é sobre nós, as petições. E o v.10 leva o nosso foco para Deus, para o
Seu reino e para a Sua vontade. Para quê? Para que as nossas orações sejam
moldadas ao Seu reino e à Sua vontade. Primeiro está o nosso Pai nos céus,
o Seu nome, o Seu reino, a Sua vontade e só depois nós. Louva a Deus no
início, louva a Deus no fim e no meio pede.
Moreira, 6 de Março de 2022 (16.30h)
Rui Simão,
pastor
- - -
Evang. de João - A Vida, Luz, Glória,
Graça, Caminho, Verdade de Deus Revelada em Jesus
O Discurso no “Grande Cenáculo Mobilado” – O Poder
da Oração 4
A Provisão da Oração
…pedi e recebereis, para que o vosso gozo de cumpra.
(João 16:23-24);
Mateus 6:9-11
Introdução – Prosseguimos o estudo cap. a cap., verso
a verso deste evangelho o qual nos apresenta Jesus como Aquele que veio revelar
a Vida, a Luz, a Graça e a Verdade de Deus.
Recordemos que Cristo e os apóstolos estão reunidos no
grande cenáculo mobilado, na última refeição pascal. Jesus está a despedir-Se e
a lançar os fundamentos da Sua igreja, caps. 14 a 17. Naquela noite, o Senhor
falou várias vezes na Oração: 14:13-14; 15:7; 16:23-24.
Sabemos por
todos os evangelhos que o Senhor Jesus foi um homem de oração. Ora, se
pensarmos que se o próprio Filho de Deus precisou de orar muito enquanto esteve
aqui na terra, então há algo de poderoso na oração, a oração é necessária e nós
devemos orar mais.
Estamos numa
pequena série de mensagens sobre a Oração. Título: O Poder da Oração.
O que é que
já vimos:
1.ª – O Poder da Oração
Vimos dois
grandes exemplos. 1º.- O povo de Israel fez um bezerro de ouro e pecou
gravemente contra Deus. Deus disse a Moisés que os iria destruir a todos. Mas Moisés
orou e pela sua intercessão, Deus arrependeu-se do mal que disse
que faria. 2.º- Por causa do pecado dos habitantes de Nínive, Deus
mandou lá o profeta Jonas avisar que em 40 dias seriam destruídos. Mas perante
a mensagem do profeta, todo o povo se arrependeu e Deus também se arrependeu do
mal que tinha dito que faria. Aprendemos que a oração e o nosso arrependimento
podem mudar as decisões de Deus.
2.ª- A Pessoa da Oração
Tomámos a oração
modelo que o Senhor Jesus nos ensinou em Mateus 6:9ss. Se Jesus nos deixou um exemplo
da oração eficaz, porque é que nós não o usamos? A Pessoa a quem
são dirigidas as nossas orações é o nosso Pai que está nos céus,
cujo nome é santo.
Hoje, vamos para a terceira mensagem.
3.- A Petição da Oração – O nosso Pai quer que peçamos – Mateus 6:10
A oração modelo de Mat.6 inicia com
louvor: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome…. termina
com louvor: Porque teu é o reino, e o poder, e a glória. E tudo o
que está no meio é Petição, são pedidos. Deus quer que Lhe peçamos. Mas vejam
quais são as primeiras petições: venha o teu reino, seja feita a tua
vontade… Jesus está a ensinar-nos que, acima de tudo, as nossas
Petições devem ser reguladas, quer pelas coisas que fazem parte do reino
de Deus, quer por aquilo que é a vontade de Deus.
I.- A Provisão da Oração – Mateus 6:11; Êxodo 16
1.- O nosso Pai quer oremos pelas provisões naturais
Significa que
é correto orarmos pelas nossas necessidades naturais, orar por uma boa escola
para os nossos filhos, por um bom emprego que seja uma bênção para nós e nossa
família, orar até pelo nosso pão diário. Pão aqui não quer dizer única
e exatamente pão, mas é uma palavra geral que se refere ao nosso sustento, ao alimento
para a nossa vida.
Jesus dá-nos aqui
lições muito valiosas. Reparem que o verbo é dá, dar. Deus é um
doador, o nosso Pai gosta de prover, de satisfazer as necessidades dos Seus
filhos, gosta de dar.
Reparemos como está este vs. em Lc.11:3:
Dá-nos, cada dia, o nosso pão quotidiano.
Isto
recorda-nos um momento muito particular da história do povo de Deus quando Israel
saiu do Egipto e até entrar na terra prometida, Canaã. Lemos em Êxodo 16
quando Deus providenciou todos os dias o pão diário para toda a nação de Israel
por 40 anos.
Chamava-se maná. Vejam o
v.4: Então
disse o Senhor a Moisés:
Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá, e colherá diariamente a
porção para cada dia… Reparem
na repetição das palavras diariamente e cada dia.
Lendo naturalmente, com facilidade não
notamos, ou achamos que é redundante, que é uma repetição: diariamente…
para cada dia. Porque é que não diz simplesmente “dá-nos cada dia o
nosso pão”? Porque é que diz “dá-nos, cada dia, o nosso pão quotidiano,
diário”?
A resposta é que Deus queria que Israel
dependesse diariamente da providência de Deus. E hoje o nosso Pai dos céus quer
que dependamos da providência d’Ele. Jesus ensinou-nos que o Pai quer que
olhemos para Ele diariamente. Porque se nós não dependermos diariamente da
providência de Deus, procuraremos outras fontes para suprirem as nossas
necessidades, e isso pode não ser nada bom.
Se pensarmos
bem, Deus criou-nos assim mesmo, com necessidade diária de alimento.
Porque é que Ele não nos criou de forma a nos alimentarmos semanal ou
mensalmente? Vejam que os bebés precisam de ser alimentados várias vezes ao
dia. Isto é para nos lembrarmos que precisamos do nosso Pai diariamente, “cada
dia o nosso pão diário”.
Da mesma forma Ele não quer que falemos
com Ele em oração semanal ou mensalmente, mas a cada dia. O nosso Pai quer um
relacionamento diário connosco.
O pão de cada dia diariamente significa
que confiamos na Sua provisão para hoje.
Voltando a Êxodo 16. Calcula-se que o
total de pessoas que constituía a nação de Israel seria de quase 3 milhões de
pessoas. Até chegarem do Egipto até à terra prometida levou 40 anos. E nesses
anos todos Deus deu-lhes diariamente o maná para o seu sustento.
O maná era como uma semente que caía do
céu como orvalho (16:14) e o povo tinha que o ir apanhar todos os dias, juntar
e depois preparar a refeição.
Qual é a lição? Isto é muito
importante. Deus providencia o sustento, dá o pão, mas nós ainda temos de
trabalhar, temos de fazer a nossa parte. Temos o nosso esforço e Deus abençoa o
nosso trabalho, o nosso esforço. Foi o que aconteceu ali.
Agora vejam as orientações que Deus deu
a Moisés para o povo ter diariamente o seu pão diário. Ler Êx.16:15-18.
Receberam mandamento (v.16) para apanharem um gomer por cabeça. Tenhamos
atenção que se uma família era de duas pessoas, apanhava dois gomeres. Se fosse
uma família de 10 pessoas, apanhava 10 gomeres. E funcionava perfeitamente.
A lição é que Deus providenciou
exatamente o que cada pessoa precisava. Se nós temos uma família de cinco
pessoas, oramos ao nosso Pai a pedir o sustento diário para cinco pessoas. Se
temos 4 crianças, oramos ao nosso Pai para as necessidades de 4 crianças.
Oramos cada dia pelas necessidades diárias,
quer de sustento, quer de todas as demais. É isso que Jesus está aqui a ensinar:
“Ora diariamente pelas tuas necessidades diárias e Eu providenciarei cada
dia”.
Mas eis outra lição muito importante. O
povo levava o maná suficiente e apenas para aquele dia. E não deviam deixar
nada sobrar para o dia seguinte porque se iria estragar. Deus disse que se o
fizessem estavam a desobedecer às Suas ordens (vs.18-19).
Mas também lhes deu ordem para que na
6ª feira colhessem em dobro para durar dois dias: E
acontecerá, no sexto dia, que prepararão o que colherem; e será o dobro do que
colhem cada dia (v.4).
O dia do sábado era o dia do descanso
em Israel. Ninguém sairia ao campo a colher o maná por dois motivos: primeiro, porque
nem sequer haveria, Deus não o dava; segundo, se o fizessem estavam a
desobedecer ao mandamento de Deus (vs.20-30).
Qual a lição que aprendamos de Deus?
Deus dá-nos diariamente o pão de cada
dia e quer que dependamos d’Ele.
Jesus quer que oremos ao Pai, cada dia,
dependendo d’Ele para as nossas necessidades naturais. Porque o Pai é um
Provedor, Ele dá.
2.- O nosso Pai quer oremos pelas provisões espirituais – João 6:31-35
Nós sabemos que para
além do material, do natural, a palavra pão tem também um
significado espiritual nas Escrituras. Vemos isto em Jo.6:31-35. Jesus
está a dizer que Moisés deu pão, mas não o pão. Eis agora o
significado espiritual para pão: …mas meu Pai vos dá o verdadeiro
pão. Jesus é o verdadeiro alimento espiritual, Aquele que alimenta a
nossa alma e dá a vida eterna a quem se alimenta d’Ele. Ou seja, a quem crê n’Aquele
que veio do céu.
Por isso Jesus disse em Mat.4:4: Nem
só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Jesus
está a citar Det. 8:3.
O
nosso Pai celestial é quem nos dá o sustento diário, o alimento natural. E Jesus
diz para Lho pedirmos diariamente. Mas também o mesmo se aplica à área
espiritual.
Conclusão – Estamos
a pedir ao nosso Pai que está nos céus diariamente por aquilo que
precisamos? Antes de nós abrirmos a nossa boca Ele já conhece as nossas
necessidades. Mas Jesus diz que, mesmo assim, temos de pedir. Estamos a pedir? Estamos
a agradecer e a louvar por aquilo que Ele nos providencia?
Moreira,
10 de Março de 2022 (RO)
Rui Simão,
pastor
- - - - -
Evang. de João - A Vida, Luz, Glória,
Graça, Caminho, Verdade de Deus Revelada em Jesus
O Discurso no “Grande Cenáculo Mobilado” – O Poder
da Oração 5
A Perdão da Oração
…pedi e recebereis, para que o vosso gozo de cumpra.
(João 16:23-24);
Mateus 6:9-12
Introdução – Prosseguimos o estudo cap. a cap., verso
a verso deste evangelho o qual nos apresenta Jesus como Aquele que veio revelar
a Vida, a Luz, a Graça e a Verdade de Deus.
Recordemos que Cristo e os apóstolos estão reunidos no
grande cenáculo mobilado, na última refeição pascal. Jesus está a despedir-Se e
a lançar os fundamentos da Sua igreja, caps. 14 a 17. Naquela noite, o Senhor
falou várias vezes na Oração: 14:13-14; 15:7; 16:23-24.
Sabemos por
todos os evangelhos que o Senhor Jesus foi um homem de oração. Ora, se
pensarmos que se o próprio Filho de Deus precisou de orar muito enquanto esteve
aqui na terra, então há algo de poderoso na oração, a oração é necessária e nós
devemos orar mais.
Estamos numa
pequena série de mensagens sobre a Oração. Título: O Poder da Oração.
O que é que
já vimos:
1.ª – O Poder da Oração
Vimos dois
grandes exemplos. 1º.- O povo de Israel fez um bezerro de ouro e pecou
gravemente contra Deus. Deus disse a Moisés que os iria destruir a todos. Mas Moisés
orou e pela sua intercessão, Deus arrependeu-se do mal que disse
que faria. 2.º- Por causa do pecado dos habitantes de Nínive, Deus
mandou lá o profeta Jonas avisar que em 40 dias seriam destruídos. Mas perante
a mensagem do profeta, todo o povo se arrependeu e Deus também se arrependeu do
mal que tinha dito que faria. Aprendemos que a oração e o nosso arrependimento
podem mudar as decisões de Deus.
2.ª- A Pessoa da Oração – Mateus 6:9
Tomámos a oração
modelo que o Senhor Jesus nos ensinou em Mateus 6:9ss. Se Jesus nos deixou um exemplo
da oração eficaz, porque é que nós não o usamos? A Pessoa a quem
são dirigidas as nossas orações é o nosso Pai que está nos céus,
cujo nome é santo.
Hoje, vamos para a terceira mensagem.
3.- A Petição da Oração – O nosso Pai quer que peçamos – Mateus 6:10
A oração modelo de Mat.6 inicia com
louvor: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome…. termina
com louvor: Porque teu é o reino, e o poder, e a glória. E tudo o
que está no meio é Petição, são pedidos. Deus quer que Lhe peçamos. Mas vejam
quais são as primeiras petições: venha o teu reino, seja feita a tua
vontade… Jesus está a ensinar-nos que, acima de tudo, as nossas
Petições devem ser reguladas, quer pelas coisas que fazem parte do reino
de Deus, quer por aquilo que é a vontade de Deus.
4.- A Provisão da Oração – O pão nosso nos dá hoje - Mateus
6:11
O Pai celestial supre, provê às nossas
necessidades diárias.
I.- O Perdão da Oração – Mateus 6:12
Vamos ver quão importante é este v.12.
Porque o modelo de oração que o Senhor Jesus ensinou termina no v.13. Mas vejam os vs. seguintes, vs.14-15.
Logo que Jesus termina com Amém, diz (ler). São afirmações muito
profundas. Por outras palavras, Jesus está a dizer:” Se não libertas os
outros das dívidas que têm contigo, o Pai também não libertará as tuas dívidas
para com Ele”. É uma parte muito importante desta oração (ler v.12).
1.- Confessa as tuas “dívidas”
Precisamos de saber o significado desta
palavra grega dívidas que ocorre apenas duas vezes em todo o NT,
aqui e em Rom.4:4. Repito, Jesus não manda repetir; é um modelo.
Por exemplo, a dívida de um empréstimo
de uma casa, de um automóvel. É uma dívida legal. Pedimos emprestado, devemos e
vamos pagar.
Aqui, Jesus está a falar de outro tipo
de dívidas. Refere-se a “pecado”. O que é “pecado”? É a transgressão,
a desobediência às leis divinas, aos mandamentos de Deus. Tanto que, no
Evangelho de Lucas, onde também está esta mesma oração, em 11:4, lemos: E
perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a qualquer que nos
deve.
A palavra usada é diferente, mas o
significado é igual. Jesus está a dizer: “Perdoa-nos os nossos pecados
(dívidas), pois também nós perdoamos a qualquer que nos deve (pecou contra nós)”.
Jesus está a usar de forma figurativa a palavra dívidas
em referência a pecados contra Deus. Isto é muito
importante. Quando desobedecemos a Deus, estamos a pecar e a ofendê-Lo. Pecar é
uma grave ofensa a Deus. E a reação de Deus às ofensas, ao pecado da pessoa, é
ira.
Esta é uma visão vital que temos de ter
sobre o pecado. Quebrámos as santas leis divinas e estamos em dívida para com
Deus.
Uma qualquer dívida tem de ser
resolvida de alguma forma. Ou ela é paga ou é perdoada. O devedor está nas mãos
do credor. Os nossos pecados são graves ofensas que têm de ser reparadas. Estamos
em dívida para com Deus.
Contudo, a dívida do pecado é diferente
de uma dívida material. Nós não conseguimos resolver por nós mesmos a dívida do
nosso pecado para com Deus. Nada em nós, nada que possamos fazer consegue saldar
a dívida das nossas ofensas contra as leis de Deus. É como se tivéssemos uma dívida
absolutamente enorme aqui na terra que está totalmente fora do nosso alcance,
das nossas possibilidades. Assim é a dívida do nosso pecado. Ela
é justa, ela é legal aos olhos de Deus, mas não conseguimos resolver a dívida
do nosso pecado.
E outra lição importante é que nem
sequer merecemos o perdão de Deus. Erramos se acharmos que se formos boas pessoas,
se assistirmos a uma igreja, se lermos a Bíblia, se orarmos, se contribuirmos
com dinheiro, etc, que isso, estas coisas, convencerão Deus de que merecemos
perdão. Não! Vejam Tito 3:5: Não pelas obras de justiça que houvéssemos
feito, mas segundo a sua misericórdia nos salvou… Estão a ver?
Na verdade, a enorme dívida do nosso
pecado perante Deus tem de ser perdoada. Precisamos de misericórdia, não de outra
coisa.
O que temos também nestas palavras da
oração? Perdoa as nossas dívidas, os nossos pecados. Temos confissão
e pedido de perdão dos pecados: “Meu Pai, perdoa a minhas dívidas, os meus
pecados”.
Com
que frequência o temos de fazer? No pedido anterior não está presente uma
necessidade diária? O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Então,
a confissão e o pedido de perdão também devem ser diários. Porque,
infelizmente, pecamos diariamente.
Mas em Mt.6:12, Jesus é muito claro ao dizer
que pedimos perdão a Deus dos nossos pecados tal como nós perdoamos aos outros
as suas ofensas a nós. Ora, muitas vezes os crentes não perdoam as ofensas dos
outros. Agem como se os outros tivessem dívidas que não ficam saldadas. E
quando perguntamos porque é que não perdoam, a resposta é: “Ele não merece o
meu perdão. Ele ainda não fez nada que merecesse o meu perdão”. A atitude é,
então, de que o outro ofendeu e há uma dívida por pagar sem solução.
Bem podemos colocar a questão: “E nós
merecemos o perdão da dívida do nosso pecado para com Deus?”. E a oração de Jesus
é clara: “Perdoa-nos… como nós perdoamos”.
Mas está aqui bem claro. Por causa de
termos recebido de Deus o perdão, graciosamente, livremente, também temos de
perdoar assim aos outros. Jesus diz em Mat.10:8: …de graça recebestes, de
graça dai.
Precisamos de compreender o que
acontece quando Deus nos perdoa.
Rom. 4:3,23: Pois, que diz a
Escritura? Creu Abraão em Deus e isso lhe foi imputado como justiça… Ora, não
só por causa dele está escrito que lhe fosse tomado em conta.
Esta palavra imputado vem
da palavra “contar, considerar, lançar”. Obviamente aponta para conta. Significa
“pôr na conta de alguém”. Abraão, como todas as pessoas, era pecador, transgressor
das leis de Deus. Tinha muito pecado por pagar, estava em grande ofensa e dívida
para com Deus. Então, diz aqui que Abraão creu em Deus e esta fé
foi-lhe contada como justiça. Deus pôs justiça na
conta da vida de Abraão.
Mas vejam que mais Deus faz quando nós
cremos. Deus tira o pecado da nossa conta. Está em II Cor.5:19: Deus estava
em Cristo, reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados… Noutras
palavras, Deus não está a contar os nossos pecados contra nós. Isto é muito,
muito importante que compreendamos.
Jesus veio ao mundo e a cruz foi onde
Cristo Se ofereceu como sacrifício para pagar a dívida, a culpa do nosso pecado,
pagar as nossas transgressões às leis divinas, as nossas ofensas a Deus.
Na verdade, Jesus pagou com a Sua própria
vida, a dívida, a culpa do mundo inteiro. Jesus é o Cordeiro de Deus que
tira o pecado do mundo (Jo.1:29). Diz aqui que em Cristo, Deus estava
a reconciliar consigo O MUNDO, não apenas os crentes.
Então, Jesus morreu pelo mundo inteiro.
Mas prestemos boa atenção. Só recebe perdão do pecado, só é paga a dívida
daquele que crê. Deus só não imputa o pecado de quem crê. Voltamos
ao caso de Abraão em Rom.4:3 e também 23-24: Pois, que diz a Escritura?
Creu Abraão em Deus e isso lhe foi imputado como justiça… Ora, não só por causa
dele está escrito que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a quem
será tomado em conta, os que cremos…
Jesus já morreu por todos, uma vez.
Senão, cada vez que uma pessoa crê, Jesus teria de morrer por essa pessoa para
a salvar. Não. Jesus já morreu há 2000 anos na cruz pelo mundo inteiro, pelos
que morreram antes e depois de Jesus.
E quando a pessoa crê, então Deus considera
essa fé e deposita justiça na conta desse devedor e ele é salvo. Olhem o que
Jesus disse em Jo.8:24: Por isso vos disse que morrereis em vossos
pecados, porque se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados.
Jesus já pagou a culpa do pecado na
cruz, mas o pecador só é salvo quando crê em Jesus.
Por isso, há uma escolha a fazer por
cada pessoa, há uma decisão que tem de tomar, a decisão pessoal de crer ou não
em Jesus para ser salva.
Vejam João 3:17-18: Porque
Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que
o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já
está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
Deus já
tratou do problema do pecado, da nossa dívida. Agora, o pecador precisa de crer
em Jesus para ser salvo da sua dívida. Se não crer em Jesus, está perdido.
E o que faz Deus quando cremos em Jesus?
Ele tira a minha dívida que eu não
conseguiria pagar, tira o pecado da minha conta e imputa, atribui-me,
deposita-me a justiça que Jesus ganhou para mim na cruz.
Depois, sabem o que Deus faz depois de
perdoar os nossos pecados?
Eu, eu
mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos
teus pecados não me lembro. (Is.43:25); Porque serei misericordioso para com as suas
iniquidades e dos seus pecados e das suas iniquidades não me lembrarei mais (Hb.8:12);
E jamais me lembrarei dos seus pecados e das suas iniquidades. (Hb.10:17).
Depois de
Deus nos perdoar, nunca mais os lembra. Apesar de ser Omnisciente, Deus decide
não mais Se lembrar do nosso pecado, não os traz mais à tona, não os tem mais em
consideração no tratamento connosco.
E assim devemos
ser nós. É o que Jesus diz aqui na oração modelo de Mateus 6:12.
Então, 1.º
- Confessa as tuas dívidas. A seguir:
2.- Liberta as dívidas dos outros
Precisamos de olhar para as palavras de
Jesus aqui em que Ele diz que pedimos ao nosso Pai que nos perdoe tal como nós
perdoamos aos outros.
Temos de tomar nota que não está a falar
do perdão do pecado para a salvação, mas dos relacionamentos interpessoais em
que nos ofendemos e precisamos de nos perdoar.
Em Mateus 18:21-22, Pedro
perguntou a Jesus se concordava que poderia perdoar até 7 vezes os pecados e as
ofensas dos outros contra ele. Pedro pensava que isso já seria mesmo muito bom e
um grande exemplo de perdão. Mas Jesus responde-lhe: Não te digo que até
sete, mas até setenta vezes sete.
Ou seja, Jesus diz que devemos perdoar
SEMPRE, como Deus faz. As pessoas ofendem-nos e nós não nos vingamos, mas
perdoamos e mostramos-lhes graça.
E para ilustrar esta verdade Jesus
conta a parábola dos vs.23-35 de Mateus 18.
O culminar da lição está no v.35 e
lembremo-nos do que Jesus disse em Mt.6:14-15.
Olhem o que diz Hb.12:15: Tendo
cuidado… de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela
muitos se contaminem.
A falta de perdão aos outros é um
verdadeiro tormento. É uma escravidão.
Esta é uma oração diária. Jesus está a
dizer:” Tens de orar assim cada dia, tens de confessar os teus pecados ao
Pai celestial. Tens de ser recordado diariamente que tinhas uma dívida que
nunca conseguirias pagar a Deus. Mas o teu Pai celestial perdoou-te tudo.
Portanto, tu também tens graça para perdoares aos outros as suas ofensas para
contigo. De graça recebeste, de graça dá perdão”.
Conclusão
Lembram-se
de Barrabás? Todos nós somos como Barrabás. Ele estava preso por ter assassinado
uma pessoa num motim (Mc.15:7). Naquela sexta-feira, ele e mais outros dois
criminosos seriam crucificados. Ele está na sua cela à espera da crucificação.
Ele ouve os passos dos guardas a chegarem, abrem a cela dele e ele ouve o
guarda dizer-lhe o que nos é dito a nós: “Está livre. Jesus vai morrer por
ti, vai morrer em teu lugar. Estás livre”.
E
Jesus disse naquela parábola que uma pessoa que foi assim perdoada e liberta de
uma dívida, encontrou alguém que lhe devia pouco, mas não lhe perdoou.
Mas tu foste perdoado de tudo o que fizeste em
toda a tua vida. Nós recebemos a graça do perdão de Deus para a oferecermos
também aos outros.
Moreira, 20 de Março de 2022 (16.30h)
Rui Simão,
pastor
- - - - -
Evang. de João - A Vida, Luz, Glória,
Graça, Caminho, Verdade de Deus Revelada em Jesus
O Discurso no “Grande Cenáculo Mobilado” – O Poder
da Oração 6
A Proteção da Oração
…pedi e recebereis, para que o vosso gozo de cumpra.
(João 16:23-24);
Mateus 6:9-13
Introdução – Prosseguimos o estudo cap. a cap., verso
a verso deste evangelho o qual nos apresenta Jesus como Aquele que veio revelar
a Vida, a Luz, a Graça e a Verdade de Deus.
Recordemos que Cristo e os apóstolos
estão reunidos no grande cenáculo mobilado, na última refeição pascal. Jesus está
a despedir-Se e a lançar os fundamentos da Sua igreja, caps. 14 a 17. Naquela
noite, o Senhor falou várias vezes na Oração: 14:13-14; 15:7;
16:23-24.
Sabemos por
todos os evangelhos que o Senhor Jesus foi um homem de oração. Ora, se
pensarmos que se o próprio Filho de Deus precisou de orar muito enquanto esteve
aqui na terra, então há algo de poderoso na oração, a oração é necessária e nós
devemos orar mais.
Estamos numa
pequena série de mensagens sobre a Oração. Título: O Poder da Oração.
Temos aqui um
modelo. Não é para repetir. O que é que já vimos até hoje:
1.ª – O Poder da Oração – Deus arrependeu-se do mal
que disse que faria.
2.ª- A Pessoa da Oração – Mateus 6:9 – É
o nosso Pai que está nos céus, santo.
3.- A Petição da Oração – O nosso Pai quer que peçamos – Mateus 6:10
4.- A Provisão da Oração – Mateus 6:11 – O
Pai supre as nossas necessidades diárias.
5.- O Perdão da Oração – Mateus 6:12 – Necessidade
de perdoar como Deus perdoa.
I.- A Proteção da Oração – Mateus 6:13 – E não nos conduzas à
tentação…
Eis agora uma petição de proteção. Este
pedido serve para nos mostrar que não temos força suficiente para vivermos uma
vida santa se não obtivermos ajuda do Alto, do nosso Pai. Precisamos da Sua
proteção para a totalidade das nossas vidas, para superarmos as tentações, para
não cairmos. Temos de estar conscientes da nossa própria fraqueza, e do desejo
de desfrutar da proteção de Deus para que possamos permanecer inexpugnáveis contra
todas as agressões de Satanás.
Alguns
não compreendem bem este pedido: “Porque é que teríamos de pedir ao Pai para
não nos levar à tentação?” Para não haver confusão e má interpretação,
precisamos de saber o significado das palavras e também de olhar para outras Escrituras.
1.- Deus não nos pode tentar
É completamente, totalmente impossível,
está absolutamente fora da natureza de Deus que nos possa tentar. Vejam Tg.1:13-16:
Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado;
porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta.
Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria
concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado;
e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Não erreis, meus amados irmãos.
Eis o que acontece. Porque nós temos
uma natureza inclinada ao pecado, surge um desejo e o inimigo das nossas almas
tenta-nos com esse desejo. Se não resistirmos, vamos cair, vamos pecar. Vamos
desobedecer ao Senhor, se não nos socorrermos de Deus e da Sua força. Vamos sucumbir
à tentação do tentador.
A Bíblia é bem clara em chamar ao diabo
de tentador. Ouçam Mt.4:3: E, chegando-se a ele o tentador…
E também I Tes.3:5: Portanto, não podendo eu também esperar mais, mandei-o saber
da vossa fé, temendo que o tentador vos tentasse, e o nosso trabalho
viesse a ser inútil. Portanto, a Escritura é clara.Satanás
tenta-nos, mas Deus nunca nos tenta.
2.- Deus não nos engana
Precisamos de entender o significado da
palavra tentação. Tiago 1:2-3 pode ajudar-nos: Meus
irmãos, tende grande alegria quando enfrentardes várias tentações; Sabendo que
a prova da vossa fé opera a paciência. É a mesma palavra grega de Mt.6.
O significado é “teste, prova”. Deus não
nos leva a tentações, não nos põe tropeços e armadilhas para nos prejudicar.
Não! Isso é obra do diabo. Deus prova-nos, o que é bem diferente, experimenta-nos
para nós crescermos, para analisarmos a nossa confiança e fé no Senhor. Deus
julga-nos assim com bons propósitos.
Vejam o caso de Abraão em que Deus o testou ao pedir
que sacrificasse o seu único filho, Isaque. Ou como Deus permitiu a grande
prova na vida de Job.
Ou se lermos Mt.4:1: ENTÃO foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado
pelo diabo. Jesus foi colocado à prova e lá
estava Satanás com as suas armadilhas, mas foi derrotado por Jesus. Era
necessária esta prova de Jesus.
Hb.4:15 explica-nos melhor.
Vejam: Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das
nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas
sem pecado. Jesus é o nosso melhor Advogado junto do Pai. Porquê?
Porque Jesus foi provado aqui na
terra como homem em tudo e venceu. Pensem em qualquer tentação, qualquer teste
humano, do mais suave ao mais pesado. Jesus teve essas tentações, essas provas
todas: Porque naquilo que ele mesmo,
sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.
Assim, Jesus compreende muito bem
as provas por que passamos, Jesus sabe o que é viver num mundo de pecado, num
mundo caído e ajuda-nos.
Por isso, nesta oração, Jesus diz para pedirmos Proteção
ao Pai, que nos guarde destas provas: “Pai, não me deixes passar por testes
e provas, liberta-me disso.”
Não foi isso que Jesus pediu ao Pai lá no Jardim? Pai,
se é possível, passe de mim este cálice… (Mt.26:39).
3.- Deus irá proteger-nos e também livrar-nos
Temos agora
uma revelação muito importante em I Co.10:13: Não veio sobre vós tentação, senão
humana… Agora
vejam, …mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do
que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais
suportar.
A resposta do nosso Pai ao nosso pedido em oração
pode vir, ou na isenção real da prova, ou numa forma, num caminho para escapar
dela, ou em força para suportá-la.
Temos
aqui duas grandes promessas. Primeiro, não teremos provas, tentações acima das
nossas possibilidades pessoais. E em 2.º lugar, Deus dará um escape, uma saída,
uma libertação.
Escutem bem II Tm.4:17-18: Mas o Senhor assistiu-me e
fortaleceu-me…e fiquei livre da boca do leão. E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o
seu reino celestial.
Também II
Pe.2:9: Assim, sabe o Senhor livrar da tentação os piedosos…
Se vivermos
na dependência do nosso Deus, se orarmos, o nosso Pai celestial vai trazer a
saída de que precisamos. Deus conhece qual é o escape.
Por
isso, Jesus ensinou-nos a orar diariamente ao Pai por proteção nas provas.
Olhando
para a segunda parte do versículo, Jesus diz-nos para pedirmos, além da
Proteção, também o livramento do mal, das trevas. …mas livra-nos do mal.
Quer dizer,
libertação, proteção do inimigo, de Satanás. Jesus falou disto quando estava no
Jardim, antes de ser preso. Olhem o que pede aos Seus discípulos para fazerem: Vigiai
e orai para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto,
mas a carne é fraca (Mt.26:41).
E em
Jo.17:15 Jesus dá o exemplo desta oração: Não peço que os tire do mundo,
mas que os livres do mal.
O que significa?
Que podemos orar ao Pai para nos poupar de provas e testes. Mas se eles vieram,
ainda podemos continuar a orar: “Pai, liberta-nos do poder do nosso inimigo
e Teu”.
Conclusão
A
Oração da Proteção. É essencial tomarmos conhecimento real do mundo onde
vivemos. Temos de orar diariamente ao nosso Pai celestial. Oramos em nome do
Seu Filho, Jesus. Louvamos, adoramos e pedimos. E quando pedirmos, não
esqueçamos de orar por Proteção. Proteção a todos os níveis, das provas, das
tentações, do tentador, do mal, por nós, por nossas famílias, por nossos irmãos
na fé.
Moreira, 24 de Março de 2022 (RO)
Rui Simão,
pastor
- - - -
Evang. de João - A Vida, Luz, Glória,
Graça, Caminho, Verdade de Deus Revelada em Jesus
O Discurso no “Grande Cenáculo Mobilado” – O Poder
da Oração 7
A Proteção da Oração
…pedi e recebereis, para que o vosso gozo de cumpra.
(João 16:23-24);
Mateus 6:9-13
Introdução – Prosseguimos o estudo cap. a cap., verso
a verso deste evangelho o qual nos apresenta Jesus como Aquele que veio revelar
a Vida, a Luz, a Graça e a Verdade de Deus.
Recordemos que Cristo e os apóstolos
estão reunidos no grande cenáculo mobilado, na última refeição pascal. Jesus está
a despedir-Se e a lançar os fundamentos da Sua igreja, caps. 14 a 17. Naquela
noite, o Senhor falou várias vezes na Oração: 14:13-14; 15:7;
16:23-24.
Sabemos por
todos os evangelhos que o Senhor Jesus foi um homem de oração. Ora, se
pensarmos que se o próprio Filho de Deus precisou de orar muito enquanto esteve
aqui na terra, então há algo de poderoso na oração, a oração é necessária e nós
devemos orar mais.
Estamos numa
pequena série de mensagens sobre a Oração. Título: O Poder da Oração.
Usamos como
texto base a oração chamada do Pai Nosso de Mat.6. Não é para ser uma
repetição (v.7), mas é um exemplo que o Senhor nos diz para seguirmos e usarmos
nas nossas orações. O que é que já vimos:
1.ª – O Poder da Oração – Vimos exemplos do poder da oração
2.ª- A Pessoa da Oração – Mateus 6:9 – É o nosso Pai que está
nos céus, santo
3.- A Petição da Oração – O nosso Pai quer que peçamos – Mateus 6:10
4.- A Provisão da Oração – Mateus 6:11- supre as nossas
necessidades a cada dia
5.- O Perdão da Oração – Mateus 6:12 – Confessar, o Pai perdoa
nossos pecados
6.- A Proteção da Oração – Mateus 6:13a- Que o Pai nos guarde de
provas e testes
7.- O Poder da Oração – Mateus 6:13b - Conclusão
1.- …porque teu é o reino, e o poder…
A lição da oração modelo de Jesus
começa com louvor, no meio tem pedidos e termina com louvor. Porque é que
oramos ao Pai celestial e, com confiança e esperança, Lhe colocamos os nossos
pedidos, mesmo os mais difíceis? O final da oração tem a resposta.
…porque… - É uma conjunção que quer dizer, ou
pode ser substituída por: “uma vez que, visto que”. Estamos a dizer que oramos
e suplicamos estas coisas, visto que, uma vez que:
…teu é o reino - Quer dizer que o
domínio pertence a Deus. Deus tem o controlo sobre todas as coisas e pode, por
isso, ordená-las por forma a responder a estas petições. O reino de Deus é
muito importante. Recordem-se que entre a ressurreição de Jesus e a Sua volta
para os céus decorreram quarenta dias. Sabem o que fez Jesus
nesse quase mês e meio?
Atos 1:3 diz:
…sendo visto por eles por espaço de quarenta dias e falando das coisas concernentes
ao reino de Deus. Quarenta dias a ensinar especificamente do reino
de Deus. Muitos de nós já fomos a Conferências cristãs que duram um
fim-de semana ou mesmo uma semana e vários temas são tratados. Mas agora
pensemos, 40 dias com o Cristo ressurrecto a ensinar os apóstolos sobre o reino
de Deus. Para vermos a importância do reino de Deus.
…e o poder – Deus também tem o poder para
concretizar aquilo que Lhe pedimos. Nós somos fracos, impotentes, não
conseguimos. Por isso, oramos ao Altíssimo e todas as coisas são possíveis pelo
Seu poder. Em Lucas 1:37 ouvimos da boca do anjo a Maria: Porque para
Deus nada é impossível. Em Gen.18:14, ao ser prometido aos idosos Abraão
e Sara que seriam pais de um menino, lemos: Haveria coisa difícil ao
SENHOR?
…e a glória, para sempre – Tudo
o que pedimos ao nosso Pai celestial é para a Sua glória, honra e louvor, não a
nossa. Ao responder aos nosso pedidos e necessidades, a Sua glória pode ser
vista. Ao atender às nossas petições, o Nome, a Pessoa de Deus recebe toda a
glória. Tudo é para a Sua glória.
Nós estamos a dizer a Deus: “Nosso
Pai, pedimos-te estas coisas, porquê? Porque a Ti pertencem o
reino, e o poder e a glória para sempre.” Sim, o teu reino é para
sempre, o teu poder é para sempre, a tua glória é para sempre.
Não
é por algum tempo, mas eternamente durará o reino, e o poder e a glória
de Deus.
2.- …Amém.
Com esta palavra é terminada a oração
modelo de Jesus. Esta palavra amém é igual em hebraico, grego e
em português. É usada cerca de 30 vezes no AT e 143 vezes no NT. Qual é o seu
significado? Geralmente diz-se que amém quer dizer: “que assim
seja”. Mas o significado da palavra é “em verdade, verdadeiramente”.
Vamos ver melhor.
a-) Amém no AT – Das 30
vezes que é usada, 12 estão no cap.27 de Deut. Depois de Israel atravessar o
rio Jordão para herdar a terra prometida, Deus mandou que o povo se juntasse
num vale entre dois montes, Gerizim e Ebal.
Do monte Ebal seriam pronunciadas as
maldições sobre aqueles que não guardassem os mandamentos de Deus. E do Monte
Gerizim seriam pronunciadas as bênçãos àqueles que obedecessem aos mandamentos
de Deus. E Deus ordenou que deveriam dizer Amém.
Mas
Deus ordenou que o povo dissesse amém apenas depois de cada
maldição e não nas bênçãos. Vamos ler Dt.27:13-16,26. Porquê dizer Amém
só depois das maldições? Porque é mais fácil dizer Amém nas
coisas boas do que desagradáveis.
Deus queria chamar bem a atenção das
mentes e dos corações do povo ao dizer-lhes: “Cuidado, isto é o que vos
acontecerá se fizerem isto, e aquilo. Serão amaldiçoados”.
E com esta advertência o povo tinha de
dizer Amém – “verdade”. A maldição é uma consequência da
desobediência. Se quebrarmos as leis de Deus, sofremos consequências. E Deus,
no Seu amor, não quer que sejamos amaldiçoados, mas abençoados.
Mas
eis que em Is.65:16 temos o significado, a tradução literal da palavra hebraica
Amém: Assim que aquele que se
bendisser na terra, se bendirá no Deus da verdade (amém); e aquele que jurar na
terra, jurará pelo Deus da verdade (amém)…
A palavra Amém significa verdade.
Por isso, se ouvir um pastor a pregar: “Sem Cristo, o seu vizinho vai
para o inferno”, pode dizer “Amém, “é verdade”. Não é, “assim seja”.
b-) Amém no NT – Das 143 vezes,
Jesus disse 2/3 delas. Reparem também nisto. Dos 27 livro do NT, 24 terminam
com Amém. Mas Jesus foi quem mais a usou e de uma maneira única.
O Senhor moveu o amém do fim para o princípio da frase.
No Evangelho de João, o Senhor Jesus usa-a
50 vezes mas apenas em 25 frases. Porquê? Porque Jesus usa Amém a
dobrar e no início da frase. E talvez estejam a pensar que não se recordam de Jesus
dizer amém, amém no início das frases. Sim, porque está traduzida
por: Na verdade, na verdade…. Mas no original grego é Amém,
amém (Jo.3:3).
O que é que Jesus está a dizer? “Isto
é verdade, isto é verdade”. E porque é que Jesus repete “verdade, verdade”
25 vezes em João? Jesus não disse uma palavra por engano ou sem propósito. Eis
o motivo. Jesus está a dizer: “O Meu Pai diz, no céu, que isto é verdade e
eu digo-o também aqui na terra, é verdade. Eu trago a verdade do céu à terra”.
A palavra Amém quer dizer
“verdade”.
c-) O Amém de Deus – Em
Ap.3:14 Jesus diz: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira… Jesus
está a dizer o quê? “Eu sou a verdade”.
Mas eis o que Jesus diz antes, em 1:18:
E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre.
Amém. O que o Senhor quer afirmar ao mundo inteiro é isto: “Eu
estive morto, mas estou vivo, ressuscitei dos mortos. Amém = e isto é verdade,
é verdade”.
Conclusão
Não há qualquer dúvida que Jesus
morreu na cruz. Ele entregou a Sua vida em sacrifício perante o Pai para levar
sobre Ele mesmo, no madeiro, o pecado do mundo inteiro.
Jesus morreu para resgate do pecador,
para perdão, para salvação. Pagou a culpa do pecado com a Sua própria morte e o
Seu próprio sangue. E morreu de verdade. Com uma lança, aquele soldado romano
perfurou o ventre, pulmões e coração de Jesus e saiu sangue e água, pois já
estava morto. Foi sepultado e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos. Jesus foi
a primeira pessoa a ressuscitar dos mortos para todo o sempre,
para a eternidade. Amém, isto é verdade. Jesus é o Filho de Deus, é verdade, é
verdade.
Jesus ensinou os Seus discípulos e a
nós a orar: “Orem ao Pai do céu em Meu nome. Comecem com louvor, façam
pedidos e terminem com louvor dizendo o motivo da vossa confiança, que Ele tem
todo o poder, o reino e a glória e isto é verdade, amém.”
Moreira, 31 de Março de 2022 (RO)
Rui Simão,
pastor