quarta-feira, 6 de março de 2013


Carta Aberta às igrejas e pastores da Convenção Baptista Portuguesa e à Aliança Evangélica Portuguesa

Como é do conhecimento de todos, no passado dia 17 de Fevereiro, a Igreja Baptista do Estoril – Meeting Point, promoveu a consagração ao ministério pastoral da irmã Connie Main Duarte. Sem qualquer desvalorização das qualidades académicas e pessoais da referida irmã, todos sabemos que lhe faltam as qualificações bíblicas para assumir o pastorado. Assim, o passo que foi dado, embora condizente com a cultura em que estamos inseridos, foi um passo de desrespeito para com a Palavra de Deus, perfeitamente inspirada por Deus na antiguidade e perfeitamente preservada para os nossos dias.
A intenção desta carta não é fazer a defesa bíblica exaustiva da nossa posição. No entanto, como todos sabem, quando ensina as qualificações para o pastorado, a Palavra diz, “convém que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher...” (1 Tim. 3:2). Capaz e academicamente qualificada como seguramente será, a irmã em questão não consegue cumprir os claros requisitos bíblicos. Aqueles que sempre se propõem a fazer a actualização cultural das palavras inspiradas, precisam de lidar com pelo menos duas questões. Em primeiro lugar, Paulo escreve aquelas palavras num contexto, o do antigo mundo helenizado, em que era comum as práticas religiosas serem lideradas por mulheres. Mesmo assim, inspirado pelo Espírito Santo, as palavras gregas escolhidas são específicas em género. A prática ministerial de Paulo, apesar de limitar o pastorado ao género masculino, não exclui ninguém do ministério para o Senhor na igreja local. Uma segunda questão a considerar é a da actualidade das palavras das Escrituras. A Bíblia foi verbalmente inspirada e preservada por um Deus que já sabia que iríamos estar a olhar para estas palavras no século XXI. Nenhuma das palavras do Novo Testamento passou ainda do seu prazo de validade.
As igrejas baptistas, por regra, desde há muitos anos, têm nas suas declarações de fé: “A Bíblia é a nossa única regra de fé e prática.” Esta afirmação tem grandes responsabilidades. O posicionamento daqueles que defendem e praticam a consagração de mulheres ao ministério pastoral é um posicionamento de afronta à  “fé que uma vez foi dada aos santos(Judas 1:3). É precisamente quando deixamos que as palavras de Deus comecem a ser colocadas em dúvida (“É assim que Deus disse?” – Gen. 3:1), que nos abrimos a toda a espécie de desvios que, começando na doutrina, se alastram depois para a prática e para a moral (um abismo chama outro abismo...”Salmo 42:7). 
Sendo, tanto quanto sabemos, a Igreja Baptista do Estoril – Meeting Point, e a irmã Connie Main Duarte, membros, quer da Convenção Baptista Portuguesa, quer da Aliança Evangélica Portuguesa, este grave posicionamento coloca algumas questões importantes. As igrejas e pastores que amam a Deus e a Sua Palavra, têm a responsabilidade bíblica de se demarcarem daqueles que têm um posicionamento doutrinário contrário às Escrituras (Rom. 16:17) e, como sabem, não devem com eles ter alianças ou convenções. Pelo menos sem que haja, da parte destes, um arrependimento público dos seus desvios. Os irmãos e igrejas que partilham desta mesma preocupação bíblica poderão continuar a cooperar institucionalmente com quem tem tal desrespeito pela Palavra de Deus? As igrejas poderão continuar a recomendar um seminário que tem entre os seus professores alguém com esta visão crítica da Palavra de Deus?
Poderão pensar que não existe nada a fazer, que as coisas são o que são. O que pode um só pastor fazer? Qual o peso de apenas uma igreja? A verdade é que existe no nosso país um grupo de igrejas baptistas, legalmente constituídas e que não fazem parte nem da CBP, nem da AEP. Trata-se de igrejas e pastores com uma posição bíblica conservadora e fideística. Estas igrejas baptistas, independentes, não são, no entanto, isolacionistas. Têm comunhão entre si, participam juntas em eventos, conferências, acampamentos, projectos de evangelização e de publicação de literatura. Qualquer igreja que decidir dar um passo de fé e deixar de estar associada a quem desrespeita a Palavra de Deus, não estará, seguramente, sózinha. Existem outros, em Portugal e no mundo, que já decidiram assim.
O propósito desta carta é de encorajamento. Aqueles que amam a Deus e a Sua Palavra, estão certamente tristes com o rumo que grande parte do mundo evangélico está a tomar. Estão também tristes com as ramificações desses movimentos em Portugal. Do relativismo cultural, passou-se ao relativismo doutrinário, que coloca tudo em causa. Se você não está disposto a colocar em causa a eterna Palavra de Deus, não deve desanimar e deve, agora, tornar claro que está disposto a  “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. (Judas 3)

Signatários:
Mark Machado Pereira, Pastor, Igreja Baptista Esperança Viva
Rui António Robalo Simão, Pastor, Igreja Evangélica Baptista de Moreira da Maia
Tito Tiago Pereira, Obreiro, Missão Baptista em Castanheira do Ribatejo
Allen Ray Newton, Pastor, Igreja Baptista Esperança Viva de Castelo Branco (Missão)
David Loop, Pastor, Igreja Baptista de Esgueira
Mark James Hale, Pastor, Igreja Baptista do Barlavento (Missão)
Jovito Nunes, Pastor, Igreja Evangélica Baptista de Fernão Ferro e Igreja Evangélica Baptista de Casalinhos de Alfaiata
David Booth, Pastor, Missão Baptista do Montijo
Michael Andrzejewski, Pastor, Igreja Evangélica Baptista de Barcelos

5 de Março de 2013


No NT não há referências a mulheres pastoras, bispas, presbíteras, anciãs. As palavras que encontramos são "SERVE, TRABALHOU". Apenas um exemplo em Romanos: "RECOMENDO-VOS, pois, Febe, nossa irmã, a qual serve na igreja...Saudai a Maria, que trabalhou ... Saudai a Trifena e a Trifosa, as quais trabalham no Senhor. Saudai à amada Pérside, a qual muito trabalhou no Senhor..."(Romanos 16) - Rui Simão
----------------------------------------
É verdade! O Pr. Dr. Manuel Alexandre tem razão. Não há nenhuma evidência de mulheres pastoras, na Bíblia.
Li, com atenção a tomada de posição do pr. Abel Pego, aliás muito bem elaborada, mas cheguei ao fim com um sabor amargo de incompleto.
Porque não se encorajam as mulheres cristãs, a cumprirem alegremente o nobre papel de esposas e mães? De esposas ajudadoras, amorosas, aconselhadoras e boas administradoras do "salário" do marido? De mães, alegres educadoras e instrutoras de seus filhos, tão necessário nos nossos dias?
Já têm uma carga por demais pesada. Não acham que lançar sobre elas mais esse encargo de pastoras seria brutal, gigantesco, difícil de aguentar? Bem, pode argumentar-se que nem todas as mulheres são esposas e mães mas, como em tudo, são excepções à regra divina.
Vamos animá-las a cumprirem seu nobre papel dado por Deus, e permitir que continuem a ser boas cooperadoras dos servos de Deus, como o foram Evódia e Síntique do apóstolo Paulo, a contribuírem com seu testemunho de experiência com Deus e oração na edificação das igrejas, como se ode deduzir das palavras de Paulo (1ª. Cor.11:5, sem uso e abuso do "dom de línguas" porque neste caso devem calar-se na igreja, e como se deduz de Atos 21:9; a participarem na instrução de possíveis "Apolos", como Áquila e Priscila; a serem servas, como Febe, serva (diaconon) da igreja de Cencreia. (Rom. 16:2).
Não somos nós que temos de nos conformar ao mundo, na contemporaneidade, mas o mundo a nós, que somos santos em Cristo Jesus. Logo, é necessário que as mulheres cristãs aprendam a ficar em silêncio e nem ensinem na igreja no papel de presbíteras/pastoras que é uma responsabilidade que Deus entregou a homens de Deus.


Pastor António Tiago Pereira - Igreja Evangélica Baptista de Tremês