Os Sacrifícios
Levíticos - As Ofertas Voluntárias de Adoração ao SENHOR
O Tabernáculo e a Adoração
E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que
seja aceite por ele, para a sua expiação.
Porque a vida da carne está no sangue; porque vo-lo tenho
dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o
sangue que fará expiação pela alma.
(Levítico 1:4; 17:11)
Introdução
Em primeiros lugar, não compreenderemos profundamente a obra de Jesus Cristo, a adoração a Deus, a forma do pecador se aproximar do Deus Santo e Justo se não tivermos a base do AT, em especial aqui em levítico.
Tudo apontava para Jesus e tudo se cumpriu no Senhor Jesus Cristo.
Neste primeiro artigo temos três estudos: A Introdução e as três Ofertas Voluntárias: Holocausto, Oferta de Manjares e Oferta de Paz ou Pacífica.
O livro de
Levítico tem seu início onde finda o livro de Êxodo — ao pé do Monte Sinai. O
Tabernáculo estava concluído e levantado (Êx.40:17),
o sumo-sacerdote e os sacerdotes estavam escolhidos (Êx.35-40) e Deus estava
pronto para ensinar o povo a como adorá-Lo naquele lugar e por meio de todos os
utensílios do Tabernáculo.
I. O Propósito de Levítico
O Livro de Levítico é dedicado à adoração a Deus e a sua mensagem,
tema central é a santidade de Deus.
A exigência de Deus pela santidade do Seu povo baseia-se na Sua própria
natureza santa: Sede santos, porque eu sou santo. Não podemos perder isto de
vista.
Outro
tema correspondente é o da expiação.
A santidade deve ser mantida diante de Deus, e ela só pode ser alcançada
através de uma adequada expiação dos pecados do povo.
1. Quem ministrava junto do povo e perante Deus – Os sacerdotes
levitas
Os sacerdotes levitas instruíam o povo
acerca da adoração e cuidavam das necessidades do povo. Eles eram os ministros naquele
tempo para mostrarem a Israel o caminho até Deus. Foi o serviço dos levitas que
providenciou a base histórica para Cristo, que é o nosso Sumo-Sacerdote. Eles também
regulavam as leis morais, civis e cerimoniais, e supervisionavam a saúde, a
justiça e o bem-estar da nação que o próprio Deus legislou.
2. Os vários temas em
Levítico - O objetivo de Levítico é fornecer instruções, preceitos e leis
para orientar um povo pecador, mas redimido, no seu relacionamento com um Deus
santo em todas as áreas da vida.
Há uma ênfase em Levítico na necessidade de santidade pessoal em resposta a um
Deus santo. O pecado deve ser expiado através de ofertas e de sacrifícios
próprios indicados por Deus (cap.1-7).
Outros temas abordados no livro são dietas (alimentos puros e
impuros), o parto e doenças que são cuidadosamente regulamentadas (capítulos
11-15).
O cap. 16 descreve o Dia da Expiação, em que um sacrifício anual é
feito pelo pecado cumulativo de todas as pessoas. Além disso, o povo de Deus
deve ser discreto na sua vida pessoal, moral e social, em contraste com as
práticas atuais e pagãs ao seu redor (cap.17-22).
Nós
podemos ser tentados a considerar o livro de Levítico um registo de rituais
estranhos de uma época diferente, mas as suas práticas faziam sentido para as
pessoas daquele tempo e dão-nos uma melhor compreensão da natureza e
do carácter de Deus.
II. Como é que as Pessoas podem viver próximas, em comunhão com
Deus? – Lev.1:1-2
É para este fim que veremos o início das orientações de Deus ao Seu
povo em Levítico.
"E chamou o SENHOR a Moisés, e
falou com ele da tenda da congregação, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e
dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao Senhor, oferecerá a sua
oferta de gado, isto é, de vacas e de ovelhas." - Levítico
1:1-2
1. Oferecer - Vejam as
importantes palavras “oferecer oferta”.
O significado é “chegar perto de, achegar-se, aproximar-se”: “…quando
algum de vós achegar-se…”. A
questão é, então, esta:
“Como
é que as pessoas podem viver em comunhão com Deus? Como podem adorá-Lo?”.
É, pois, aqui em Levítico que Deus começa
a ensinar a forma como a pessoa, pecadora, pode relacionar-se com um Deus
Santo. Esta aproximação, adoração, envolve ofertas
ou sacrifícios.
2. Oferta - Oferta é o termo geral
para todo o tipo de ofertas apresentadas a Deus.
Mas,
ATENÇÃO: A ideia do texto não
é sacrifício
e oferta como é o nosso entendimento atual destas palavras. Significa
“algo levado para perto de”. É usado exclusivamente aqui com alusão à relação
do homem com Deus. Revela a intenção de instruir como se aproximar de Deus. Ou
seja, cultuar implica sacrificar ou
ofertar.
A
ideia principal por detrás dos sacrifícios é importante. O seu propósito era
revelar um Deus Altíssimo e Santo que devia ser amado, obedecido e adorado. As
leis de Deus e os sacrifícios serviam para revelar a verdadeira devoção do
coração É algo multifacetado: Envolve comunhão, mas comunhão com Deus implica
propiciação, gratidão e petição.
Assim,
a nossa atenção é remetida para proximidade, intimidade com Deus. Tudo o que
tem a ver com aproximar-se de Deus está implícito no sacrifício.
3. Quantas ofertas? - Deus determinou 5 ofertas em Levítico: Holocausto, Oferta de Manjares,
Oferta de paz, Pacífica, Oferta pelo pecado e a Expiação pela culpa.
Cada oferta fala de uma faceta
diferente da proximidade com Deus.
MUITO
IMPORTANTE: Levítico toma por certo que quando as
pessoas se aproximam e se chegam a Deus, elas
não devem ir de mãos vazias. É correto, apropriado e necessário que
nessa relação homem/Deus uma oferta seja levada. É isso que Deus está aqui a
ensinar.
Cada pessoa oferecia um presente a Deus
sacrificando-o no altar. No Antigo Testamento, o sacrifício era a única maneira
de alguém se aproximar de Deus e restaurar o relacionamento com Ele.
Contudo, desde os tempos do NT que é muito fácil esquecer esta verdade.
Os crentes são chamados a irem a Deus com ousadia, mas esquecem-se que não
devem ir de mãos vazias.
4. A Oferta Suprema - Na Antiga Aliança, os adoradores iam com
dádivas próprias. Mas hoje, na Nova Aliança, os crentes vão com a própria
Dádiva, a própria Oferta, o próprio sacrifício de Deus: o Seu Filho Jesus
Cristo. Jesus Cristo, e apenas Ele, é a base e a possibilidade de aproximação
dos adoradores a Deus. Vamos a Deus por causa de Jesus e unicamente por Jesus. Era
para Jesus que apontavam todas as ofertas levíticas.
O
v.3 mostra esse propósito: …ele oferecerá de sua própria vontade,
perante o SENHOR. O hebraico pretende dizer: “…ele oferecerá para que seja aceite pelo SENHOR”: As
instruções de Deus eram para que os homens se aproximassem do SENHOR e
obtivessem a aceitação d’Ele dessa adoração.
É
aqui que temos os fundamentos para a necessidade do sacrifício de Jesus Cristo,
a única oferta que Deus aceita para essa comunhão. Por isso João, o Baptista,
identificou Jesus corretamente quando proclamou: Eis o cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo.
Para o judeu, o seu entendimento
apoiava-se intensamente neste livro de Levítico onde estavam as leis divinas
para que qualquer pessoa pudesse adorar e aproximar-se de Deus de uma forma que
Ele aceitasse.
As dádivas do AT eram de tipos
diferentes. Podiam ser animais do rebanho, aves ou cereais. Eram acompanhadas
por diversos ingredientes como sal, mel, incenso ou vinho.
Os
animais em oferta para sacrifício provinham de rebanhos de gado, vacas,
ovelhas, cabras. Eram animais domésticos. Animais selvagens, de caça, eram
inaceitáveis. Porquê? Porque não custariam nada ao ofertante. Tal como o
sacrifício de Jesus que custou MUITO, custou TUDO para Deus, pois era o próprio
Filho Unigénito.
Deus usou o método de sacrifício para
ensinar a fé ao seu povo. O pecado precisava de ser levado a sério. Quando os
pecadores viam os animais do sacrifício a serem mortos, as pessoas eram
sensibilizadas quanto à seriedade do seu pecado e culpa.
A atitude despreocupada da nossa
cultura em relação ao pecado ignora o seu custo e a necessidade de
arrependimento e restauração. Esquece que o salário do pecado é a morte.
Quando ensinou o seu povo a adorá-Lo,
Deus ressaltou especialmente os sacrifícios. Porquê? Os sacrifícios eram o modo
escolhido por Deus no AT, para o povo buscar o perdão dos seus pecados. Desde a
criação, Deus deixara claro que o pecado separa as pessoas d'Ele, e que os que
pecam merecem morrer. Porque "todos pecaram" (Romanos 3:23), Deus
designou o sacrifício como forma de buscar perdão e restaurar o relacionamento
com Ele.
Conclusão - Sendo um Deus de amor e de misericórdia, Ele decidiu desde o
início que viria a este mundo e morreria a fim de pagar a pena por toda a
humanidade. Isto foi realizado por meio do seu Filho, que, sendo Deus, se
tornou homem. Mas, antes que Deus fizesse este sacrifício final, Ele instruiu o
povo a matar animais como sacrifício pelo pecado.
Este método de sacrifício continuou por todo o AT e foi
eficiente para ensinar e guiar o povo de volta para Deus. Durante o Novo
Testamento, porém, a morte de Cristo tornou-se a última oferta, o último
sacrifício necessário. Agora, todas as pessoas podem ser livres do castigo do
pecado simplesmente crendo em Jesus e aceitando o perdão que Ele oferece.
Moreira, 20 de Setembro de 2018
(RO)
O Tabernáculo e a
Adoração
Os Sacrifícios
Levíticos – O Holocausto
E porá a sua mão sobre a cabeça do holocausto, para que
seja aceite por ele, para a sua expiação.
Porque a vida da carne está no sangue; porque vo-lo tenho
dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o
sangue que fará expiação pela alma.
(Levítico 1:4; 17:11)
Introdução – Qual a importância do livro de Levítico? A verdade é que
“Toda
Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para corrigir, para
instruir em justiça.” (II Tm 3:16). Levítico é o
grande livro dedicado à adoração
a Deus e a sua mensagem central é a santidade
de Deus. A exigência de Deus pela santidade do Seu povo baseia-se na Sua própria natureza santa: Sede
santos, porque eu sou santo. Nunca esqueçamos isto.
Outro
tema correspondente é o da expiação.
A santidade deve ser mantida diante de Deus, e ela só pode ser alcançada
através de uma adequada expiação dos pecados do povo.
Para tal, Deus determinou 5 ofertas em Levítico, única maneira de
se aproximar do Senhor e restaurar o relacionamento com Ele:
Holocausto, Oferta de Manjares, Oferta de paz, Pacífica, Oferta pelo pecado e a
Expiação pela culpa. As ofertas e os sacrifícios eram oferecidos em louvor, adoração e
agradecimento, e também para perdão e comunhão.
Cada oferta fala de uma faceta
diferente da aproximação a Deus. Cada uma, das cinco, estava relacionada a uma
situação específica da vida de cada pessoa pecadora.
A LIÇÃO PRINCIPAL - O sacrifício de Jesus Cristo na cruz
cumpriu todas estas ofertas e sacrifícios.
MUITO
IMPORTANTE: …quando algum de vós oferecer oferta ao
SENHOR… (v.2). Levítico toma por certo que quando as pessoas se
aproximam e se apresentam perante Deus, elas
não devem ir de mãos vazias. Hoje, nós apresentamo-nos perante Deus com
Jesus.
Os animais em oferta para sacrifício provinham de rebanhos
de gado, vacas, ovelhas, cabras, ou aves, pombos ou rolas. Eram animais
domésticos. Animais selvagens, de caça, eram inaceitáveis.
O que
os sacrifícios e as ofertas ensinavam às pessoas? (1) A exigência de animais “sem
defeito” e sacerdotes santos ensinava a reverência ao Deus santo; (2) A
exigência de obediência completa ensinava total submissão às leis de Deus.
I. O Holocausto – 1:1-17
A primeira oferta que
Deus descreve é o holocausto. Vamos ver as instruções de Deus quanto ao
holocausto. É importante notar que o fogo jamais se apagava e havia dois holocaustos
contínuos, cada manhã e cada tarde:
Lev.6:13: O "fogo arderá continuamente
sobre o altar; não se apagará."
No holocausto, o animal era morto e queimado sobre
um altar em oferta ao Senhor. Ou seja, era uma oferta queimada totalmente ao
Senhor, com excepção do couro que ia para o sacerdote. Nada dele era comido,
pois o fogo consumia o sacrifício inteiro.
Normalmente
eram oferecidos animais de gado (bois, ovelhas, bodes, etc.). Os mais ricos
tinham essa possibilidade. Também eram oferecidos holocaustos de aves (pombas,
rolinhas, etc.). Os mais pobres traziam essas ofertas, pois estavam dentro das
suas possibilidades económicas.
O pecador deveria trazer um animal sem defeito ao sacerdote.
O animal inocente simbolizava
a perfeição moral exigida pelo santo Deus bem como a natureza perfeita do real
sacrifício futuro - Jesus Cristo.
1. Como era feito – O adorador, a pessoa, colocava a mão sobre a cabeça do animal para
simbolizar completa identificação com o seu substituto. A tradição judaica
indica que a mão, ou mãos, do ofertante tinha de ser imposta sobre o animal com
certa pressão. Caracteriza a sua identificação completa com o animal do
sacrifício, como se ele estivesse na morte do sacrifício que morria por ele. O
adorador tinha a consciência de que este animal inocente de pecado estava a ser
reputado por pecador. Este gesto servia para que o pecador tomasse consciência
do peso do seu erro. A pessoa buscava ao SENHOR para perdão, era renovado e
santificado no corpo e na alma e entrava em comunhão com Deus.
Esta identificação era necessária para que a oferta fizesse
expiação pelo ofertante. O v.4 indica que isto era necessário para
que fosse aceite a favor dele, para a sua expiação.
Expiação – A palavra hebraica indica “cobrir o pecado” porque Deus não pode
vê-lo”. Mais uma vez indica a necessidade de proximidade com o Senhor, a qual
não pode acontecer sem sacrifício. Os sacerdotes, identificados como os
filhos de Aarão, aspergiam o sangue do animal à roda de todo o altar
para que todos os lados fossem atingidos.
De seguida, o ofertante matava o animal, …degolará o bezerro perante o
SENHOR… (v.5), esfolava-o e partia-o em pedaços (v.6). Os sacerdotes
eram responsáveis por oferecer o sangue e espargir o sangue à
roda, sobre o altar… pôr em ordem a lenha sobre o fogo… lavar com água as
partes e coloca-las sobre o altar para o holocausto (1:4-9).
A palavra holocausto significa literalmente:
“aquilo que sobe, aquilo vai para cima”.
2. O que estava a acontecer perante Deus? – Simbolicamente, os
pecados da pessoa eram transferidos para o animal. Por fim, o animal era
queimado no altar (exceto o sangue e o couro) como sinal de completa
consagração da pessoa a Deus. Obviamente, Deus requeria mais do que sacrifício.
Ele também exigia que o pecador tivesse uma atitude de arrependimento. O
símbolo exterior (o sacrifício) e a mudança interior (arrependimento) precisavam
de estar juntos. Porém, é importante lembrar que o sacrifício não retirava de
fato o pecado da pessoa. Só Deus pode tirar e perdoar o pecado e isto porque o
perdão faz parte da natureza amorosa de Deus.
O livro de Hebreus
explica-nos a lição das ofertas levíticas: Porque, tendo a lei a sombra dos bens
futuros, e não a imagem exata das coisas, NUNCA, pelos mesmos sacrifícios, que continuamente
se oferecem, cada ano, poderá aperfeiçoar os que a eles se chegam…
porque é IMPOSSÍVEL que o sangue dos toiros e dos bodes tire os pecados…
holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram. (Hb.10:1-6)
Ou seja, tudo era uma lição
que apontava para Jesus Cristo, cujo único sacrifício na cruz do Calvário é que
finalmente “tirou o pecado do mundo”: Porque, com UMA SÓ oblação, aperfeiçoou para
sempre os que são santificados. (Hb.10:14)
Em
geral, as ofertas trazidas perante Deus deveriam custar algo àquele que as
trazia. A oferta em si não era o mais importante, mas a mudança que acontecia
no coração das pessoas. Oferta sem mudança de coração não valia de nada. Por
isso, o salmista reflete:
“Abre,
Senhor, os meus lábios, e a minha boca manifestará os teus louvores. Pois não
te comprazes em sacrifícios; do contrário, eu tos daria; e não te agradas de
holocaustos. Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração
compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus.” (Sl 51. 15-17)
3. O que significa “cheiro
suave” (v.9) - …holocausto
é, oferta queimada, de cheiro suave ao SENHOR (v.9, 13,17).
Indica
a ideia do ofertante querer subir mais alto, até à presença do Senhor para a
reconciliação. O fumo do sacrifício subia e era como se Deus o cheirasse e
ficasse satisfeito.
A totalidade da oferta é para Deus, pois
nenhuma parte era comida nem pelos sacerdotes nem pelo ofertante, como
acontecia noutro tipo de ofertas. É uma oferta total a Deus em amor, adoração e
louvor. É uma oferta que é agradável a Deus, que satisfaz a Sua justiça e que
cumpre o propósito e a especificação de Deus.
Tinha que ser um macho sem defeito, pois
apontava para Jesus: “Àquele que não conheceu pecado, ele o fez
pecado por nós” (II Cor 5:21). Jesus também tomou sobre Si a maldição
da lei (Gl 3:13) quando foi pregado na cruz.
Conclusão - A cruz de Jesus foi o verdadeiro holocausto de que Levítico era
apenas uma imagem uma simples figura.
O nosso Senhor Jesus cumpriu plenamente a
oferta do holocausto na terrível cruz do Calvário, por amor ao pecador e para a
sua salvação: E andai em amor, como também Cristo
vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. (Ef.5:2)
Por isso, Paulo aos Romanos, diz que nós,
crentes em Jesus temos que apresentar os nossos corpos em sacrifício
vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional (12:1). Só
o melhor é suficientemente bom para Deus.
“Pois para Deus somos o bom cheiro suave de Cristo” (II Cor 2:15). Que privilégio maravilhoso termos em nossa vida o
cheiro suave de Cristo!
Moreira, 27 de Setembro de 2018
(RO)
O Tabernáculo e a
Adoração
Os Sacrifícios
Levíticos – A Oferta de Manjares
E quando alguma pessoa oferecer oferta de manjares ao
SENHOR…
(Levítico 2:1-16;
6:14-23)
Introdução – Qual a importância do livro de Levítico? A verdade é que
“Toda
Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para corrigir,
para instruir em justiça.” (II Tm 3:16). Levítico é o
grande livro dedicado à adoração
a Deus e a sua mensagem central é a santidade
de Deus. A exigência de Deus pela santidade do Seu povo baseia-se na Sua própria natureza santa: Sede
santos, porque eu sou santo. Nunca esqueçamos isto.
Deus determinou 5 ofertas em Levítico, única maneira de se aproximar do Senhor e
restaurar o relacionamento com Ele: Holocausto, Oferta de Manjares,
Oferta de paz, Pacífica, Oferta pelo pecado e a Expiação pela culpa. As ofertas e os
sacrifícios eram oferecidos em louvor, adoração e agradecimento, e também para
perdão e comunhão.
Cada oferta fala de uma faceta diferente da aproximação a
Deus. Cada uma, das cinco, estava relacionada a uma situação específica da vida
de cada pessoa pecadora. Levítico ensina-nos que quando as pessoas se aproximam
e se apresentam perante Deus, elas
não devem ir de mãos vazias. Levam uma oferta. Hoje, nós
apresentamo-nos perante Deus com a Oferta que o próprio Deus preparou, Jesus
Cristo, Seu Filho.
Havia
dois grupos de ofertas: Voluntárias
(três) e Obrigatórias (duas).
A Oferta de Manjares situa-se no grupo
das três ofertas VOLUNTÁRIAS ao Senhor: Holocausto, Oferta de Manjares e Oferta
Pacífica. Voluntárias porque ninguém foi obrigado. Eram do coração, algo que a
pessoa queria dar a Deus.
Destas ofertas Deus dizia: …oferta
queimada é, de cheiro suave ao SENHOR. (v.2,9,12). O fumo da oferta
subia e Deus agradava-Se. Não quer dizer que Deus cheirava o fumo, mas é o
significado espiritual da oferta.
I. A Oferta de Manjares – 2:1-16
A segunda oferta que Deus descreve é esta. Vejam o espírito desta
oferta. Era uma refeição, símbolo de comunhão íntima, de proximidade, de
partilha à mesa.
Era um ato voluntário de adoração, de gratidão a Deus e de
reconhecimento da Sua bondade e provisão. Indicava uma sincera afeição e
piedade, desejo de mostrar a sua apreciação ao Senhor por suprir a pessoa do
alimento que sustentava a sua vida física e da sua família.
De facto, sobre Jesus, Paulo aos Colossenses 3:4 diz que Jesus
é a nossa vida.
Reparem que nesta oferta NÃO há sangue. Geralmente associam-se os
sacrifícios ao Senhor sempre com sangue de animais, mas não é assim. Por regra
nós olhamos para o sacrifício de Jesus e vemos sempre sangue nele.
Mas a Oferta de Manjares não destaca mais exatamente a cruz, mas
sim a vida do Filho de Deus.
Jesus era Deus feito carne, feito homem. Ele encarnou. Ali estava o Santo e
perfeito Deus a viver no meio dos pecadores que Ele veio resgatar. Assim a
Oferta de Manjares vai destacar mais a humanidade de Jesus.
1. Quais eram os elementos que Deus mandou usar nesta oferta?
Grão de cereal, flor de farinha, azeite de oliveira, incenso, bolo
assado, sal.
Nenhum fermento e nenhum mel. Esta oferta era preparada em casa e depois
levada para ser apresentada a Deus como uma refeição. Uma parte da oferta era
queimada no altar e outra parte desta Oferta de Manjares pertencia aos
sacerdotes que a comiam.
a). A flor de farinha era o ingrediente principal,
base, desta oferta. Quão significativa é a
expressão “flor de farinha”! Farinha é cereal esmagado entre as pedras do
moinho. Antes, era
grão próprio para ser plantado, para perpetuar a vida. Agora, esse grão jaz
esmagado, sem vida. Jamais poderá ser
novamente plantado; está morto. Foi-lhe esmagada a vida. Será inútil Não! Ao
morrer, deu a sua vida, morreu, para ser usado agora no sustento da vida de
outros. Assim foi a vida de Jesus, entregue para sustentar a vida eterna dos
que creem n’Ele.
É a flor por ser a mais fina, de maior qualidade, sem impureza, a melhor
parte da farinha, representa o melhor das ofertas ao Senhor, Jesus Cristo na
Sua perfeição.
b). Incenso aromático representa as
orações do povo que subiam à presença do Senhor. É a fragrância do sacrifício
de Jesus. Quanto mais o incenso se aproxima do fogo, maior a sua fragância.
Assim foi a dura cruz de Jesus onde nela deu a Sua vida em cheio suave agradável a
Deus. A oração é vital na vida do povo de Deus.
c). Azeite é símbolo do Espírito
Santo na Bíblia. Além de na alimentação, e de ser usado como combustível para
dar luz, o azeite destacava-se por ser usado para ungir sacerdotes, reis e
profetas para o seu ministério ao Senhor. Jesus foi concebido em Maria pelo
E.S. e ungido com o Espírito Santo para exercer o Seu ministério.
d). Fermento é símbolo da corrupção
do pecado na Bíblia. Por ser proibido pelo Senhor nesta Oferta, mostra que ela
era totalmente livre de corrupção, santa e pura. Jesus foi o sacrifício
perfeito, santo.
e). Sal exerce o seu poder para
preservar. O fogo purifica, o sal preserva e impede corrupção. Diz o
Senhor que era o sal do concerto do teu Deus. Todas as ofertas levavam sal (2:13)
Jesus disse: “Cada um será salgado com fogo, e cada
sacrifício será salgado com sal”. Mar. 9:49. O fogo purifica, o sal
conserva. Ser salgado com fogo quer dizer não só purificação, mas também
conservação. Deus quer um povo puro, povo cujos pecados estão perdoados. Temos de ser conservados puros. O fogo não
deve ser fogo destruidor, mas purificador. Temos de ser “Salgados com fogo!”
“Salgados com sal!” Purificado e conservado puro! Isto é a admirável
providência divina.
Todas as Ofertas de Manjares eram oferecidas e queimadas sobre o
altar, tal como Jesus Se entregou e morreu no altar da cruz.
Queimada significa total entrega, consagração e dedicação ao Senhor Deus.
2. Os tipos da Oferta de Manjares – A Oferta de Manjares
tinha cinco maneiras distintas de ser oferecida. O ofertante podia escolher o
tipo de Oferta. Vejamos a sua variedade.
1. (v.2-3) – Flor de farinha, azeite e incenso.
2. (v.4) – Cozida no forno – tinha bolos asmos de flor de farinha, amassados com azeite e coscorões asmos,
untados com azeite.
3. (v.5-6) – Cozida na caçoila – seria da flor de farinha, sem fermento, amassada com azeite, partida em
pedaços.
4. (v.7) – alimentos de frigideira, seria de flor de farinha com azeite
5. (v.14-15) – oferta das primícias, seria de espigas verdes tostadas ao fogo, espigas
cheias, deitando-lhe azeite e incenso.
Conclusão - A LIÇÃO PRINCIPAL - O sacrifício de Jesus Cristo na cruz
cumpriu todas estas ofertas e sacrifícios.
A
oferta de manjares encerra lindas e importantes lições para a alma devota. Tudo
que possuímos deve achar-se sobre o altar. Tudo que temos pertence a Deus. E
Deus purificará e guardará o que Lhe pertence. Oxalá habitem conosco estas
lições.
Moreira, 04 de Outubro de 2018 (RO)
O Tabernáculo e a
Adoração
Os Sacrifícios
Levíticos – A Oferta de Sacrifício Pacífico
E se a sua oferta for sacrifício pacífico…
(Levítico 3:1-17; 7:11-16)
Introdução – Depois do Senhor ter dado todas as orientações para a
construção Tabernáculo, o lugar, a estrutura de culto do Seu povo escolhido,
Israel, o Senhor prosseguiu com as lições sobre as diversas formas de adoração
e de culto. Tudo isso foi registado num livro muito importante do AT –
Levítico. Levítico é o grande livro dedicado à adoração a Deus. Pensemos bem em apenas estes quatro exemplos, entre muitos
outros:
1. – Como
compreenderemos totalmente as palavras de hinos e cânticos que cantamos, tais
como estas: “…A nós só nos cabe tudo dedicar, oferta suave ao Senhor, e a vida
em teu altar para teu louvor…”? Apenas se conhecermos as lições de Deus em
Levítico.
2. – Quando lemos no NT em Efésios 5:2 que Jesus “se
entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave”
como chegamos a compreender o alcance destas palavras? Como explicar
isto a quem nos pergunte?
3. – Quando Paulo aos Romanos 12:1 diz que a vontade de Deus para
os Seus filhos é que apresenteis os vossos corpos em
sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional, como
compreendemos o que significa?
Porque é que Deus valoriza agora esta dedicação dos crentes?
(Salmo 50:13-14).
4. – Quando Paulo quer ensinar que os apóstolos, os pastores, que
quem serve na obra de Deus é digno do seu salário, ele pergunta: Não
sabeis… que os que de contínuo estão junto do altar, participam do altar? (I
Cor.9:13) e mais adiante em I Cor.10:18: Vede a Israel… os que comem os sacrifícios
não são, porventura, participantes do altar? Onde vamos buscar a
compreensão bíblica para este princípio bíblico para quem serve a Igreja de
Jesus no NT?
Compreenderemos se formos à base, à origem de tudo que Deus
registou em Levítico 1 a 7. Deus determinou 5 ofertas em Levítico, única maneira de se aproximar do Senhor e
restaurar o relacionamento com Ele: Holocausto, Oferta de Manjares,
Oferta de paz, Pacífica, Oferta pelo pecado e a Expiação pela culpa.
Uma das grandes
lições que Deus dá em Levítico é que ninguém ia à Sua presença, quer em busca
de perdão, quer em agradecimento, quer em petição, quer em louvor, de mãos vazias. Até o mais pobre
dos pobres Deus possibilitou como se apresentar na presença do Senhor: ou com
um punhado de flor de farinha, ou com duas rolas ou dois pombinhos, ou Porém, se em sua mão não houver recurso para duas rolas,
ou dois pombinhos, então…trará como oferta a décima parte de um efa de flor de farinha… (Lv.5:11)
I. A Oferta de Sacrifício Pacífico – 3:1-17; 7:11-16
Chegamos agora à terceira
e última das Ofertas Voluntárias.
Lições bíblicas, espirituais, muito ricas, profundas e importantes o Senhor nos
dá com esta Oferta. Pena que o nosso tempo não o permita. Esta é diferente das
duas anteriores. Temos que realçar que eram VOLUNTÁRIAS. Era iniciativa da pessoa. Há uma progressão
nestas Ofertas. Vejam:
Na 1.ª, o Holocausto, tudo era consumido no fogo do altar para o Senhor.
Na 2.ª, a Oferta de Alimentos (Manjares), uma parte era queimada ao Senhor no
altar e a outra parte pertencia ao sacerdotes, mas tinha que ser comida apenas
pelos sacerdotes no próprio recinto do tabernáculo: …se comerá no lugar santo, no
pátio da tenda da congregação o comerão. (Lv.6:16). Nada podia sair
dali.
Mas quando chegamos a esta 3.ª
Oferta, Deus determinou que uma parte era queimada no altar para o Senhor,
outra parte era para o sacerdote e a outra parte para quem a oferecia. Além
disto, podia ser levado para suas famílias em casa. Era a única oferta que permitia
que o ofertante também a comesse. Porquê? Porque era uma oferta da comunhão.
Toda a cerimónia constituía uma espécie de
serviço de comunhão, em que o sacerdote e o povo participavam, com o Senhor, da
Sua mesa; uma ocasião de regozijo, em que todos se uniam em gratidão e louvor a
Deus, por Sua misericórdia.
Vejam que esta
Oferta é estipulada no cap. 3 e explicada mais em detalhe em Lv.7:11ss.
1. O
que é esta Oferta – Temos aqui outra lição muito importante. A Oferta de
Paz não vem em busca de perdão, não é uma oferta de súplica pelo pecado. Ela é
oferecida ao Senhor quando antes o perdão já foi rogado por outra Oferta
própria para isso. Já se fizera expiação, o perdão foi alcançado e dado pelo
Senhor e já há paz entre o pecador e o Deus Santo. Por isso, o que é então?
As ofertas pacíficas eram usadas
em qualquer ocasião que apelasse à gratidão e regozijo, e também para fazer um
voto. Eram ofertas de cheiro suave. Eram uma expressão, da
parte do ofertante, de sua paz com Deus e gratidão ao Senhor pelas Suas muitas
bênçãos.
Ao
escolher uma oferta pacífica, o ofertante não era limitado na escolha. De sua
livre vontade, podia escolher e usar desde animais, machos ou fémeas, bezerros,
ovelhas, cordeiros, cabras, sem defeito, a bolos asmos amassados
com azeite, flor de farinha.
As ofertas pacíficas eram
de louvor por graças recebidas, ofertas de gratidão pelas bênçãos desfrutadas,
ofertas voluntárias, de um coração transbordante. Tributavam louvor a Deus pelo
que Ele já havia feito e exaltavam o Seu nome pela Sua bondade e misericórdia.
Muitos
acham que ofertas no tabernáculo e no templo eram sempre de animais mortos e
sangue, sempre com pessoas cheias de temor e pesar. Mas não era assim. As
ofertas do Antigo Testamento incluíam orações. Combinavam a fé e as obras.
Expressavam a completa relação do homem para com Deus e a sua necessidade dEle.
As ofertas pacíficas eram
ofertas de comunhão entre as partes: Deus, sacerdote, ofertante e famílias. Os
holocaustos eram totalmente queimados sobre o altar; as ofertas pelo pecado, ou
eram queimadas fora do arraial ou comidas pelo sacerdote, mas as ofertas
pacíficas não eram simplesmente divididas entre Deus e o sacerdote; uma parte,
a maior, era dada ao ofertante e sua família.
A parte de Deus era
queimada sobre o altar. Lev. 3:14-17. O sacerdote recebia o peito movido e a
espádua alçada. Lev.7:33 e 34. O resto pertencia ao ofertante, que podia convidar
qualquer pessoa purificada para com ele participar disso. Podia ser comido no
mesmo dia, ou, em alguns casos, no dia seguinte, mas não mais tarde, por razões
sanitárias. Lev. 7:16-21.
Assim, para que lição apontava
a oferta pacífica? Representa a comunhão
entre Deus e o homem tornada possível por meio do Senhor Jesus Cristo. Ela
aponta para Aquele que “é a nossa paz” (Efésios 2:14), e que
“fez
a paz pelo sangue da sua cruz” (Colossenses 1:20).
II. As três espécies de Oferta de Sacrifício Pacífico – 7:11-16
As ofertas pacíficas eram
de três espécies: ofertas de gratidão, ofertas por um voto e ofertas voluntárias.
Todas elas eram oferecidas como “Oferta de Aroma Suave ao Senhor”.
1. Oferta de Ação de Graças, de louvores – vs.11-15 – Era
um agradecimento, uma confissão da dependência da misericórdia de Deus feita à
pessoa e um louvor vivo. Era a que mais se destacava. Oferecia-se em ocasiões
de regozijo, de gratidão por algum livramento especial, ou bênção recebida. Era
oferecida por um coração cheio de louvor a Deus e transbordante de alegria.
2. Oferta Voluntária – v.16
– Era como um presente, de vontade própria,
para o sacerdote no exercício de suas funções (Ex.29.26-28; Lv.7.29-34).
Apresentava-se a oferta diante do Senhor como um reconhecimento de que era Ele
quem dava tudo, todas as bênçãos.
3. Voto – v.16 – Por vezes as ofertas pacíficas eram ofertas votivas. Por uma ou por
outra razão, talvez por alguma bênção especial desejada, o ofertante fazia um
voto ao Senhor. Ele podia consagrar-se a si mesmo a Deus, ou a esposa ou os
filhos, ou gado, casa, terras (Lev. 27). Foi assim que Ana suplicou por um
filho, o Senhor respondeu e Samuel foi consagrado ao Senhor (I Sam.1:11). Há
quem não olhe com agrado os votos. Todavia Deus providenciou-os, mas alerta que
é melhor não votar, do que fazê-lo e não pagar (Ec.5:5). Muitos votos são
justos e aceitáveis diante de Deus. “Abstendo-te de votar, não haverá pecado em
ti”. (Deut. 23:22). É facultativo, mas se uma pessoa faz um voto, “não
tardará em pagá-lo” (v.21): …não violará a sua palavra: segundo tudo o
que saiu da sua boca, fará” (Num.30:2; Sl.15).
Conclusão – A LIÇÃO
PRINCIPAL - O sacrifício de Jesus Cristo na cruz
cumpriu todas estas ofertas e sacrifícios. Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus,
por nosso Senhor Jesus Cristo” (Rom.
5:1). “Ele é a nossa paz”. Efés. 2:14.
O que estamos nós a dar ao nosso Senhor hoje?
Voluntariamente? Como é a expressão do nosso louvor, gratidão? Comparemos a
rica lição de aproximação ao Senhor nos dias do AT e a nossa hoje. O Israel de outrora era convidado a celebrar a sua
paz com Deus, o perdão dos seus pecados, e o ser-lhes restituída a graça, o
favor divino. Esta celebração incluía a família, bem como o servo e a serva, e
também o sacerdote. Todos se
sentavam à mesa do Senhor e se regozijavam juntos: …e perante o SENHOR, teu Deus, te
regozijarás (Dt.12:18). Da mesma maneira nos devemos gloriar
em Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual, agora, alcançamos a
reconciliação. (Rm.5:11).
Moreira, 11 de Outubro de 2018 (RO)
Rui Simão
Pastor na igreja evangélica baptista em moreira da maia