O Nascimento de
Jesus Cristo – A Importância de José
Ora, o nascimento de Jesus Cristo, foi assim: Que
estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter
concebido do Espírito Santo.
Mateus 1:18-25
Evangelho de Mateus – Jesus, o Cristo, Messias, Rei, Senhor
Introdução – De todas as pessoas envolvidas para
a encarnação do Filho de Deus, para o nascimento de Jesus Cristo, José, seu pai
adotivo, será a mais esquecida. Ele é visto como se tivesse sido apenas um
expetador, perto dos acontecimentos, mas não envolvido.
Mas José está lá, sempre presente. Atentemos para a importância de José ter
obedecido a Deus, humilhando-se para fazer o que Deus lhe pediu. Mas, há poucas
mensagens sobre José. Jesus é o centro dos hinos de Natal. E a seguir a Jesus,
quem mais? Maria! José praticamente não entra nos hinos da encarnação do Cristo,
como se nem lá estivesse.
Na verdade, José não teve
nada a ver com a gravidez de Maria. Ela era virgem. Quem teve tudo a ver foi o
Espírito Santo. E este texto quer trazer para o centro o que é importante na
encarnação do Messias: A Pessoa divina do Espírito Santo e o nascimento
virginal de Jesus, doutrina essencial para a fé cristã e para a redenção.
José é apenas o pai
adotivo do Salvador, do Filho de Deus incarnado. Mas José não foi um mero
espetador dos acontecimentos. Na verdade, José, carpinteiro
(Mt.13:55) providenciou tudo o que foi necessário para Jesus como um filho, o
Seu crescimento.
Foi José quem amou a Maria
numa gravidez suspeita, totalmente fora do normal, manteve o lar, a família.
I. O Entusiasmo de José – Desposado com Maria – v.18
Segundo
a tradição judaica da altura, as famílias decidiam bem cedo quem casaria com
quem. Quase todas as jovens judias desposavam os seus futuros maridos por volta
dos seus 14 a 16 anos de idade. Os homens eram mais velhos, teriam pelo menos
20 anos de idade. Havia uma cerimónia em que os dois ficavam comprometidos
quando se desposavam, um verdadeiro contrato para o futuro casamento dentro de
1 ano. Eram considerados os dois já casados, mas não se ajuntavam,
não se uniam intimamente.
Não
temos dúvidas de que José e Maria estavam felizes, entusiasmados.
II. O Choque – …antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do
E.S. – v.18
Mas
eis que José vai passar do entusiasmo para o choque com a notícia de que Maria,
antes de se juntarem como marido e mulher, fica grávida.
Nós sabemos
pelo Evangelho de Lucas que Maria foi visitada pelo anjo Gabriel que lhe
anuncia que foi escolhida por Deus para ser a mãe do Filho de Deus. Maria
pergunta como é que isso seria possível, porque não vivia com nenhum homem. O
anjo explica que será algo sobrenatural, tudo feito pelo poder do Espírito
Santo de Deus (Lc.1:34-35).
Nenhum outro documento do NT refere o
nascimento virginal de Cristo senão Mateus e Lucas. Fica claro que o pai de
Jesus é o E.S.. Também se vê a personalidade do E.S., distinto do Pai e do
Filho. A clareza da Trindade divina, Deus uno em três Pessoas.
III. José confuso – vs.19
Agora temos a oportunidade de conhecer melhor
José e a sua conduta. Temos a clara afirmação de que era justo. Uma
pessoa correcta, íntegra, confiável, de respeito.
Como
qualquer família em formação, tinha sonhos e desejos, planos futuros. Mas eis
que todas essas esperanças desaparecem, tristemente. Reparem a firmeza do
noivado: José, seu marido. José tinha três opções: 1. Expor Maria
publicamente como tendo sido esposa infiel e ficado grávida. Pela Lei de
Moisés, seria morta por apedrejamento. 2. Pedir o divórcio, deixá-la secretamente
e ficar Maria entregue à sua sorte. 3. Casar com Maria.
José pensou
e estava decidido pela opção 2. Isto porque ele era um homem justo, de
compaixão e não queria escândalos. Era homem pacífico e de bom coração. Ele viu a "aparência
do mal" nela que era sua esposa. Mas não fez nada precipitadamente. Ele
esperou pacientemente para ter algum esclarecimento. Com toda a probabilidade,
ele colocou o assunto diante de Deus em oração.
Não sabemos por quantos dias e noites
José sofreu, matutou neste grande problema.
O v.20 diz
que pensando ele nisto. Estava às voltas com qual decisão tomar.
O assunto era insuportável para ele. Sem dúvida que Maria procurou acalmá-lo,
explicou-lhe que ela era fiel, que tudo fazia parte do plano de Deus, que um
anjo lhe apareceu.
IV. José com receio – vs.20-21
Ele recebeu uma mensagem direta de Deus sobre o assunto de sua
ansiedade, e foi imediatamente aliviado de todos os seus medos. Como é bom
esperar em Deus! Eis que
Aquele que conhece todos os corações e as intenções secretas de cada pessoa,
decide enviar outro anjo para falar com José em sonho. Para os judeus não era nada
fora do comum Deus falar por visões e em sonhos.
Por isso,
José não duvidaria da mensagem. De que é que José estava com medo?
De tantas
coisas? Da família, dos vizinhos e amigos, das conversas, do futuro de Maria,
pois amava-a, do futuro dos dois.
Por isso, o
anjo celestial diz-lhe: Não temas.
O anjo
confirma que tudo o que estava a acontecer com Maria, sua mulher, provinha
de Deus. As palavras querem, mais uma vez, confirmar o nascimento virginal de e
Jesus. José não era o pai, nenhum outro homem era o pai, mas sim tudo obra do
poder do Espírito Santo. Jesus foi concebido pelo E.S. no ventre
de Maria, uma virgem.
No v.21 José recebe a mensagem igual à de Maria (Lc.1:31)
com o nome que seria posto ao menino, JESUS. O motivo é que José
e Maria receberam o direito de serem os pais dAquele que vinha para ser o
Salvador do mundo, salvando todos os que crerem nEle. Os que creem em Jesus são
feitos filhos de Deus e povo de Deus. Estes, são salvos por Jesus.
Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. (Jo.3:17)
V. José está feliz e em paz – vs.22-25
Nos
vs.22-23, o anjo vai mostrar a José que finalmente se estavam a cumprir todas
as profecias divinas sobre a vinda do Messias Salvador a Israel. Uma dessas
profecias era a do profeta Isaías, com 700 anos, Is.7:14. Uma vez mais a ênfase
é o nascimento virginal de Jesus.
Tem o
segundo nome de Jesus. O primeiro nome, Jesus, é o do Seu ofício,
o segundo nome aponta para a Sua natureza: Emanuel, Deus connosco.
Jesus é
divino. Este nome implica a sua divindade, Deus. e a Sua humanidade,
connosco, entre nós, no meio dos homens. Deus manifesto em carne
humana.
Como
compreender estas coisas? São assuntos muito misteriosos. São profundidades que
não temos capacidade para entender. São verdades que não temos mente suficiente
para compreender. Não tentemos explicar coisas que estão acima da nossa
débil razão. Contentemo-nos em crer com reverência, e não especular sobre
assuntos que não podemos entender.
Basta que possamos saber que com Aquele que fez o mundo nada é
impossível. Descanse na verdade aqui revelada, que Jesus Cristo foi
concebido pelo Espírito Santo no ventre de uma mulher virgem, de quem nasceu.
Gabriel explica isto a Maria em Lucas 1:36-37.
Que
revelação fantástica e que honra e responsabilidade, ao saber que, de entre todas
as famílias de Israel, coube a José e a Maria serem a família do próprio
Messias.
A
mensagem do anjo não deixa dúvidas, era de Deus. Teve conhecimento perfeito e
apressou-se em fazer a vontade de Deus. Não argumentou, a sua fé estava segura.
Que lição! José está de novo feliz por fazer parte do plano de Deus para a
salvação do mundo.
No v.24, José dá o passo e muda a sua
decisão de pensar em deixar Maria para a receber por sua mulher ainda
antes do tempo normal do noivado. Certamente falou com Maria sobre o assunto, completou
o contrato de casamento, fez a festa.
O v.25
é muito importante. José casa com Maria mas não vai ter nenhuma relação íntima
sexual de marido e mulher com ela até que Jesus nascesse. Ou seja, Maria
permaneceu virgem até ao nascimento do Filho de Deus. Isto é importante e José
teve um papel decisivo para que o mundo saiba que Jesus não é filho de nenhum
homem.
Se Jesus
fosse filho de um homem, herdaria a natureza pecaminosa do homem e não poderia
ser o Salvador do mundo. Isto era um assunto divino.
E José
obedeceu e pôs o nome de JESUS ao menino que nasceu da sua mulher virgem.
Rui Simão, pastor
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